Libra é a nova moeda digital do Facebook

Chega em 2020, a criptomoeda do Facebook que pode ser utilizada no WhatsApp e no Messenger. Chama-se Libra e tem o apoio de nomes de peso, como a portuguesa Farfetch.

O Facebook anunciou ontem, a criação de uma moeda digital própria. Libra chega ao mercado em 2020, permitindo transacções dentro das plataformas da empresa, como WhatsApp e Facebook Messenger.

A iniciativa é parte de um projeto ambicioso da rede social, que quer romper fronteiras monetárias, promover a inclusão financeira e transformar a companhia de Mark Zuckerberg numa fintech (startup de serviços financeiros).

Os serviços financeiros básicos estão ainda fora do alcance de muitas pessoas. Quase metade dos adultos no mundo não tem uma conta bancária activa e esses números são piores nos países em desenvolvimento. O custo dessa exclusão é alto – aproximadamente 70% das pequenas empresas nos países em desenvolvimento não têm acesso a crédito.

“Este é o desafio que esperamos resolver com o Calibra, uma nova carteira digital que poderá usar para guardar, enviar e gastar Libra. O Calibra vai permitir que se envie Libra para qualquer pessoa com um smartphone, tão fácil e instantaneamente quanto enviar uma mensagem de texto e a baixo custo. E, com o tempo, esperamos oferecer serviços adicionais para pessoas e empresas, como pagar contas, comprar um café ou andar de transportes públicos, tudo à distância de um clique sem precisar de dinheiro ou passe”, explica a empresa em comunicado.

Para garantir a implementação do projecto, o Facebook criou a Libra Association, fundação responsável por gerir a moeda, criar as especificações técnicas e promover a iniciativa. A associação será autónoma e terá sede em Genebra, na Suíça. Além do Facebook, haverá ainda outros 27 membros fundadores – todos terão os mesmos poderes da rede social.

Além da Farfetch, entre os membros fundadores da Libra Association estão a Mastercard, PayPal, PayU, Stripe, Visa, a Booking Holdings, eBay, Facebook/Calibra, Spotify, Uber, Vodafone Group, Women’s World Banking.

O Facebook diz trabalhar directamente com legisladores e outras autoridades em diversos países, para evitar quaisquer problemas regulatórios.

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