Pequim ‘volta a meter água’. Nova norma chinesa agrava crise nas cadeias mundiais de abastecimento

Pequim voltou ‘a meter água’. A nova norma emanada pelo executivo chinês, que entrou em vigor no dia um de novembro, tem dificultado a comunicação entre as empresas nacionais e estrangeiras, congestionando o tráfego marítimo internacional, agravando assim a crise mundial nas cadeias de abastecimento.

A nova lei de dados da China, umas das maiores nações exportadoras do mundo introduziu uma série de novas regras destinadas a aumentar o controlo do governo sobre como as organizações nacionais e estrangeiras coletam e exportam os dados dos cidadãos e organizações do país.

Embora não haja diretrizes específicas sobre dados de transporte, com esta norma alguns fornecedores chineses foram obrigados a não declarar parte das informações, aos parceiros internacionais.

Os dados são usados ​​para fornecer informações sobre os volumes de carga e ajudam a otimizar a logística, prevendo o congestionamento, para que as empresas possam tomar decisões importantes sobre as rotas de transporte.

A MarineTraffic, fornecedora líder global de rastreamento de navios e inteligência marítima, está entre as empresas estrangeiras que agora enfrentam lacunas nos dados vitais de localização de embarque da China.

“Se esta situação continuar até ao Natal, o impacto será à escala mundial”, alertou Anastassis Touros MarineTraffic, em entrevista à agência britânica Reuters.

“De repente, não sabemos quando os navios estão a partir nem de onde, nem sequer quadro completo do congestionamento portuário.É algo grave”, sublinha Touros.