‘Novo batismo’ do Facebook vai custar o mesmo que Zuckerberg recebe em seis horas de trabalho
O novo nome escolhido por Mark Zurckerberg para a rede social já está registado e os seus proprietários já avisaram que não vão vender a marca por menos de 20 milhões de dólares.
Zach Shutt e Joe Darger, registraram em agosto o nome Meta como uma empresa relacionada a computadores, produtos eletrónicos e software.
Segundo o ‘El Economista’ Mark Zuckerberg leva seis horas a ganhar esta quantia. A empresa fechou 2020 com um lucro líquido de 29,146 milhões de dólares e o consenso dos analistas da FactSet espera que o número aumente para os 40.000 milhões até o final de 2021.
A “Meta PCs”, uma empresa sediada no Arizona (Estados Unidos), que vende computadores, portáteis e softwares, era uma entidade comum, até o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, ter anunciado que a sua empresa mudaria de nome para Meta, abrindo uma guerra entre as duas.
Segundo o ‘The Guardia’, a Meta PCs tem uma vantagem face ao Facebook, uma vez que já tem o seu nome registado há alguns meses. Um documento divulgado mostra que a empresa fez o pedido de registo da marca em agosto, pouco mais de um ano após o seu início.
Zack Shutt, um dos fundadores da Meta PCs, disse ao jornal que a empresa foi registada em novembro do ano passado e a sua equipa não sabia dos planos do Facebook de usar o “Meta” em qualquer parte da sua mudança de nome, até à semana passada.
Shutt, em conjunto com o co-fundador Joe Darger, disseram que não vão vender o nome por menos 20 milhões de dólares, se o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, tentar obtê-lo.
Mark P McKenna, professor da Escola de Direito da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), diz que embora a Meta PCs tenha feito um pedido para registar seu nome, existem lacunas que podem permitir que o Facebook adquira o nome.
Uma dessas medidas é avançar com um pedido num outro país, com uma data anterior e usar essa data para entrar com o pedido nos Estados Unidos – uma prática frequentemente usada por grandes empresas.
O responsável acrescentou que o registo da marca não define os direitos de uma empresa a esse respeito. “Nos Estados Unidos, os direitos não são criados pelo registo da marca, surgem do uso”, disse.
Resta agora saber como este cabo de guerra vai acabar, especialmente considerando que os Meta PCs podem enfrentar um gigante como o Facebook.
Schutt não conseguiu partilhar informações como o valor da empresa, mas disse que se trata de uma pequena organização com apenas 25 funcionários.
“Nós iniciámos esta empresa com os nossos próprios fundos pessoais. Quando soubemos que o Facebook escolheu o mesmo nome, foi obviamente uma preocupação, porque podíamos perder qualquer alcance que trabalhámos arduamente para construir”, afirmou ao ‘The Guardian’.