Conheça as melhores dicas de produtividade (de um CEO com hiperactividade)
Quando Peter Shankman foi diagnosticado com perturbação de défice de atenção e hiperactividade (PDAH), estava então perto dos 30 anos, finalmente compreendeu por que é que tinha de se socorrer de estratégias tão radicais para se concentrar, incluindo, entre outros, a prática de paraquedismo e a participação em triatlos. No seu popular podcast “Faster Than Normal”, Peter Shankman entrevista alguns especialistas em PDAH e analisa como é que conseguiu aproveitar as singularidades do seu cérebro e transformá-las em vantagens profissionais na sua vida de empreendedor, investidor e autor de quatro livros.
Algumas das suas tácticas podem parecer extremas: por exemplo, quando Shankman estava a duas semanas de acabar o prazo de entrega de um livro, em 2014, marcou uma viagem para Tóquio, com um custo de quatro mil euros, entrou no avião no dia seguinte e voltou para casa 30 horas depois com um esboço terminado. No entanto, muitas das suas abordagens aplicam-se a qualquer pessoa, quer tenham PDAH (e quatro mil euros para gastar) ou não. Fique então a saber quais são as dicas que Peter Shankman sugere para melhorar a produtividade, e que foram retiradas do seu mais recente livro “Faster Than Normal: Turbocharge Your Focus, Productivity, and Success With the Secrets of the ADHD Brain”.
Acabem com o caos que está em cima da secretária
Porquê? É simples: «Um ambiente organizado mantém a mente limpa e aguçada», explica Shankman.
Peçam prazos definidos para trabalhar e entregar
Se o chefe diz que podemos entregar algo “quando pudermos”, pode ser tentador aceitar essa margem. Todavia, um projecto sem prazo pode não obter a devida prioridade. «Escolham uma data para tudo o que querem cumprir e cumpram-na», recomenda Shankman.
Façam um plano na noite anterior do que há a fazer no dia seguinte
Analisem como se podem preparar para um evento ou reunião. Isso pode incluir dormir o suficiente na noite anterior e escolher a indumentária. Como Shankman acorda às 3h45 da manhã para fazer exercício, torna a sua vida mais simples ao dormir vestido com a roupa desportiva.
Aprendam a delegar nos vários momentos em que é possível
Contratar um assistente para gerir uma agenda não está ao alcance de todos. Tentem em vez disso um assistente pessoal, ou organizem a vossa vida com ferramentas como o Calendly e o Wunderlist. «Há muita ajuda lá fora que não exige muito dinheiro», revela Shankman.
Segmentem as tarefas para a levarem até ao fim
Definam prazos para uma tarefa, e mantenham o foco até estar terminada.
Componham rituais – e, não meras resoluções
A maior parte das pessoas não consegue cumprir resoluções. Por isso, Peter Shankman sugere que se faça rituais, aquilo que considera ser o Santo Graal para pessoas com PDAH. «O truque é um enfoque constante no que sentimos enquanto o fazemos e no que sentimos quando não o fazemos», escreve. Se querem acordar mais cedo, concentrem-se na sensação de ter um dia mais produtivo.
Encontrem a vossa rotina, mesmo na criatividade
Concentrem as chamadas e as respostas a emails no mesmo bloco de tempo, todos os dias. «A mudança é boa quando estamos a tentar ser criativos, mas não é tão boa quando precisamos de concentrar-nos», explica Shankman.
Esperem o inesperado e saibam aproveitar o tempo
Ser produtivo durante períodos de “trabalho profundo” não é um problema. O problema são os 15 minutos entre reuniões que podem alterar o nosso dia. Usem esse tempo para mandarem uma mensagem ou meditarem.
Encontrem um apoio que saiba tanto ou mais
Rodeiem-se de pessoas que vos apoiem e que vos responsabilizem. «Não quero saber como encontram estas pessoas, mas certifiquem-se de que algumas são mais inteligentes que vocês, outras mais velhas, algumas mais novas, e outras não tão inteligentes (para que possam dar retorno)», refere Shankman.
Lembrem-se da meta e saibam identificar o target
Cada vez que começam uma tarefa, identifiquem o “problema fundamental”. Depois «dividam-no em partes fáceis de gerir, utilizem as estratégias que aprenderam e façam o trabalho»,
Por Pavithra Mohan, colaborador da Fast Company