Randstad Insight: Randstad Workmonitor – Quarto trimestre 2018

74% dos colaboradores vêem o impacto da tecnologia como uma oportunidade. Este é apenas um dos resultados do mais recente estudo

A digitalização é muitas vezes vista como uma ameaça ao mercado laboral. No entanto, 74% dos inquiridos globais do último Randstad Workmonitor consideram que o impacto da tecnologia nos seus empregos é uma verdadeira oportunidade. Para além disso, 58% dos colaboradores acreditam que precisarão de um novo conjunto de competências para trabalhar na sua área e 80% querem adquirir mais competências digitais para garantir a sua futura empregabilidade. Globalmente, 47% dos inquiridos sentem-se pressionados a desenvolver as suas competências digitais, enquanto a percentagem sobe para 80% na Itália e na China.

Olhando para o futuro, e numa perspectiva mais global, 68% dos inquiridos acreditam que as escolas, os institutos e as universidades fornecem actualmente aos alunos o tipo certo de competências digitais para os preparar para a força de trabalho do futuro. Curiosamente, o valor é mais alto na China (85%) e mais baixo num dos seus países vizinhos, o Japão (43%). Quando perguntámos se as pessoas esperam que a automatização, a robótica e a inteligência artificial (IA) irão afectar de forma positiva o seu emprego nos próximos cinco a 10 anos, 59% dos inquiridos globais concordam, enquanto na China e na Áustria a percentagem é de 88% e 39%, respectivamente.

Investir em competências digitais

As pessoas estão dispostas a obter competências digitais e a aprender sobre inteligência artificial. 76% concordam que o seu empregador devia oferecer-lhes formação relevante. Contudo, apenas 44% afirmam que o seu empregador tem vindo a investir na formação da sua força de trabalho nesta área. De uma forma ainda mais global, concluiu-se que 59% estão a investir em si próprios, já que a empresa não oferece qualquer tipo de formação. Na Índia, por exemplo, este investimento é o mais alto (85%) e no Japão o mais baixo (36%). Para além de formar a sua força de trabalho, os empregadores estão também a investir em desenvolvimentos tecnológicos dentro da área da inteligência artificial. Globalmente, 49% estão a fazê-lo, enquanto esta percentagem é de novo mais alta na Índia (86%) e mais baixa no Japão (24%).

Índice de mobilidade

O número de colaboradores em todo o mundo que espera vir a trabalhar para um empregador diferente nos próximos seis meses mostra uma tendência ascendente nos últimos três trimestres e resultou num Índice de Mobilidade estável nos 111. Em relação à mobilidade, verifica-se que esta aumentou mais na Áustria (+9), no Brasil, (+8), em Hong Kong (+6) e em Singapura (+5), e desceu mais na Suíça (-7), na Polónia (-6) e na República Checa, na Hungria, na Roménia e em Espanha (todos eles com -4). Por outro lado, não se percepciona qualquer alteração na mobilidade na Noruega, na Suécia, no Reino Unido e na China.

Mudança de emprego

A mudança efectiva de emprego subiu ligeiramente desde os últimos três trimestres, para 24%, e mais uma vez o valor mais alto encontra- -se na Índia (46%) e na Malásia (43%). A mudança efectiva de emprego aumentou na Bélgica, Alemanha, Hong Kong, Itália, México, Nova Zelândia, Portugal, Espanha e Reino Unido, em comparação com o último trimestre. Na Dinamarca, Grécia, Singapura, Suécia, Suíça e Turquia, a mudança efectiva de emprego diminuiu. Como nos trimestres anteriores, a mudança efectiva de emprego continua a ser mais baixa no Luxemburgo (10%).

Mudar de emprego

A vontade de mudar de emprego aumentou na Dinamarca, Singapura, Espanha, Suécia e Reino Unido face ao último trimestre. No entando, no Canadá, na China, na Grécia, na Índia, na Malásia e nos EUA a vontade de mudar de emprego diminuiu, continuando a ser mais alta na Índia (44%) e mais baixa no República Checa (5%).

Satisfação profissional

Face ao trimestre anterior, a satisfação profissional aumentou na Áustria, Canadá, Alemanha, Hungria, Nova Zelândia e Turquia, mas diminuiu na China, Noruega e EUA em comparação com o trimestre passado. Tal como nos últimos trimestres, a satisfação profissional encontra-se mais alta no México (84%) e mais baixa no Japão (46%).

FICHA TÉCNICA – O estudo é feito online a colaboradores com idades entre os 18 e os 65 anos, que trabalham no mínimo 24 horas por semana num emprego pago (excluindo empresários por conta própria). A amostra mínima é de 400 entrevistas por país.

Artigo publicado na Revista Executive Digest n.º 154 de Janeiro de 2019.

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