Presidente da Audi acredita no futuro dos diesel
“A tecnologia diesel é muito forte e tem um futuro assegurado, apesar das notícias negativas que tem aparecido nos meios de comunicação social nestas ultimas semana”, garantiu ontem em Barcelona, Rupert Stadler, presidente da Audi e membro do Conselho de Administração do Grupo Volkswagen, no decurso da Audi Urban Future Iniciative, um encontro sobre o futuro da mobilidade urbana promovido pela marca alemã. A União Europeia vai exigir aos fabricantes de automóveis que no final desta década, em 2020, os seus modelos não excedam os 95 gramas de dióxido de carbono por quilómetro, o que equivalerá a um consumo médio de 4 litros de combustível por 100 quilómetros percorridos. A maneira como a Audi pretende atingir esta meta, segundo Stadler, será através da contínua eletrificação da sua gama, numa clara aposta por veículos com propulsores híbridos plug-in, que permitem o carregamento das baterias através de uma vulgar tomada elétrica, e de modelos 100% elétricos. A Audi já tem no mercado o híbrido plug-in A3 Sportback e-tron, mas tem planos para lançar uma versão PHEV do novo SUV Q7, na primavera do próximo ano, Embora sem confirmação oficial, fala-se que o novo A4, acabado de chegar ao mercado, também terá direito em breve a um propulsor híbrido plug-in, destinado sobretudo ao canal de frotas de empresas. A crescente penetração de veículos elétricos não retirará no entanto a primazia aos motores clássicos de combustão. Pelo menos no curto prazo. O problema dos elétricos é que, como têm custos de produção mais altos, têm também um preço de venda mais elevado. O Audi A3 Sportback e-tron de 204 CV custa 43 mil euros, enquanto o seu equivalente gasolina, o A3 1,8 TFSI de 180 cv custa 40 mil e o diesel 2.0 TDI de 184 cv custa menos de 38 mil. No futuro Q7 os valores perspetivados apontam para que a versão PHEV possa custar, na Europa, entre 15 a 20 mil euros mais do que um modelo equivalente com propulsão convencional. Nos mercados desenvolvidos, como a Europa ou os EUA, os consumidores estarão dispostos a pagar a diferença para usarem uma tecnologia mais limpa e eficiente. Sobretudo tratando-se de uma marca premium, como a Audi. Mas no resto do mundo, e em particular em grandes mercados com a Índia, o Brasil ou a China, onde o preço de compra tem uma importância acrescida, os motores de combustão continuarão a ser a única alternativa.]]>