Israel testa medicamento que pode curar sintomas graves da covid-19 em apenas cinco dias
Um medicamento experimental usado habitualmente no tratamento do cancro pode ajudar pacientes internados devido ao novo coronavírus, a recuperarem mais rapidamente, em apenas cinco dias, segundo cientistas israelitas citados pelo ‘Daily Mail’.
O grupo de especialistas de Israel afirmou esta sexta-feira que 29 dos 30 pacientes com casos moderados a graves de Covid-19, tratados com EXO-CD24, apresentaram uma recuperação completa em cinco dias.
Apesar das descobertas promissoras, ainda são necessários mais testes em humanos, para comprovar que o medicamento inalado – projetado para o tratamento do cancro de ovário – realmente funciona.
O estudo não comparou o fármaco com um placebo, o que significa que os cientistas não têm a certeza se o medicamento é realmente a causa da rápida recuperação dos pacientes. No entanto, os dados mostram que em média, um paciente com coronavírus internado, passa cerca de três semanas no hospital, longe dos cinco dias verificados.
Os cientistas administraram uma dose do medicamento a 30 pacientes com infeções graves ou moderadas por Covid-19. Cerca de 29 mostraram melhorias significativas dentro de três a cinco dias. Ainda não se sabe se os pacientes também estavam a receber outros medicamentos ou tratamento.
Os sintomas do trigésimo paciente também melhoraram, mas fora da janela de cinco dias, segundo a imprensa israelita. O tamanho da amostra do ensaio também foi muito baixo para tirar quaisquer conclusões sobre a eficácia do medicamento. Os dados não foram publicados em nenhuma revista ou jornal cientifico.
Nadir Arber, professor do Centro Integrado de Prevenção do Cancro de Ichilov, passou anos a desenvolver o medicamento para o cancro de ovário antes de testá-lo em pacientes com coronavírus. O EXO-CD24 é tomado uma vez a cada cinco dias e é relativamente barato, de acordo com o responsável que não revelou exatamente o seu custo.
«Mesmo que as vacinas façam o seu trabalho, e mesmo que não haja novas mutações, de uma forma ou de outra, o coronavírus permanecerá connosco», afirmou. «É por isso que desenvolvemos este medicamento. Já se passou cerca de meio ano desde o momento em que a ideia foi concebida e as tecnologias criadas», concluiu.