Se tudo correr bem «atingiremos os 70% da vacinação comunitária no final do verão», garante Costa
O primeiro-ministro, António Costa, garantiu esta quinta-feira que “se as quantidades de vacinas que estão contratadas forem entregues a tempo e horas, não há nenhuma razão para não acreditar” que o plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal não vai ser cumprido.
Se tudo correr bem, “atingiremos os 70% da vacinação comunitária no final do verão”, afirmou o governante, que falava aos jornalistas numa visita ao Hospital Prisional São João de Deus, no estabelecimento prisional de Caxias.
António Costa esclareceu que a meta em causa depende das entregas “a tempo e horas” das vacinas e também da ausência de contratempos. “É essencial que a indústria [farmacêutica] continue a disponibilizar o número de vacinas contratadas”, ressalvou.
O objetivo de vacinar 70% da população até ao final do verão foi inicialmente estabelecido pela Comissão Europeia, que quer que os Estados-membros do bloco europeu atinjam preferencialmente esta meta dentro do prazo previsto.
O chefe do Governo reconheceu que não estão a ser administradas mais doses porque não as há. “Não podemos dar mais porque não temos mais vacinas”, explicou, reforçando a afirmação feita pela diretora-geral da Saúde esta quinta-feira de manhã. “Já foram vacinadas 360 mil pessoas. Só não foram mais porque não há vacinas”, disse Graça Freitas.
Costa também se pronunciou sobre os casos de vacinação indevida que têm sido denunciados: “sejam dez ou sejam cinquenta” são algo “grave e que exige punição”. No entanto, alertou que “não podemos, a partir de um fruto podre, estar a diminuir aquilo que tem sido uma operação de grande sucesso”.
Relativamente à demissão do ex-coordenador do plano de vacinação, Costa afirmou que a saída de Franciscos Ramos “nada teve a ver com o trabalho da ‘task-force’, mas teve a ver com um ocorrência numa instituição no Hospital da Cruz Vermelha”.
Já o novo coordenador, o vice-almirante Gouveia e Melo, “era já membro da ‘task-force’ e era responsável por toda a organização logística da operação”, pelo que “vai prosseguir” o trabalho que tem feito até agora, deu ainda conta o primeiro-ministro.