Costa anuncia encerramento das lojas do cidadão e suspensão dos processos não urgentes nos tribunais

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quinta-feira, depois da reunião do Conselho de Ministros, que vão ser encerradas as lojas do cidadão e que vão ser suspensos nos tribunais todos os prazos dos processos não urgentes.

“Face a esta nova realidade impõe-se alterar o conjunto de medidas que foram adotadas na semana passada”, começou por dizer. “Quanto aos serviços públicos iremos encerrar as lojas de cidadão, mantendo-se exclusivamente em funcionamento o atendimento por marcação nos demais serviços públicos”, informou.

Relativamente aos tribunais “são suspensos os prazos de todos os processos não urgentes”, acrescentou o primeiro-ministro, enquanto prestava declarações aos jornalistas em direto do Palácio de São Bento, em Lisboa.

Costa justificou as medidas com o agravamento da pandemia em Portugal, devido, em grande parte, à nova variante britânica. “Há um crescimento muito acentuado desta estirpe, passou de 8% na semana passada para 20% esta semana, e os estudos prospetivos preveem uma prevalência que pode chegar aos 60% na próxima semana”, disse.

Além disso, foram também encerrados todos os estabelecimentos de ensino, a partir de amanhã e nos próximos 15 dias. O primeiro-ministro voltou a reforçar que o Governo tem “o dever cívico de reforçar o confinamento”. António Costa precisou que as novas medidas vigoram pelos próximos 15 dias, sendo depois reavaliadas.

O anúncio surge depois da reunião esta quarta-feira à tarde entre as ministras da Saúde, Marta Temido, e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, juntamente com epidemiologistas. O primeiro-ministro reuniu-se, depois, com as duas governantes e com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.