Encerramento das escolas discutido entre «hoje e amanhã», afirma Marcelo

O possível encerramento das escolas “é uma questão que se vai colocar entre hoje e amanhã”, afirmou esta quarta-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta a um aluno do liceu Pedro Nunes.

Marcelo explicou que a o tema ainda não foi debatido antes porque “o primeiro-ministro não está em território português”, uma vez que António Costa se deslocou a Bruxelas, a propósito da Presidência portuguesa na União Europeia (UE).

O Presidente da República falava perante cerca de 50 alunos no auditório da Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, numa ação de campanha como candidato às eleições presidenciais do próximo domingo.

Segundo o chefe de Estado, o Governo vai ponderar “se se deve esperar até à sessão com os epidemiologistas marcada para terça-feira” para tomar uma decisão sobre a manutenção ou não da abertura de escolas. “É uma questão que se vai colocar entre hoje e amanhã”, acrescentou.

O Governo vai reunir-se ainda esta quarta-feira ao final da tarde com epidemiologistas e em cima da mesa está o possível encerramento das escolas. A reunião vai ser liderada pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pela ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva.

Fonte do Governo explicou entretanto à agência Lusa que os epidemiologistas que vão estar presentes hoje são os que habitualmente participam nas reuniões no Infarmed. A sessão está marcada para as 18 horas.

As duas ministras vão reunir-se depois com Costa, hoje à noite, quando o primeiro-ministro regressar de Bruxelas, onde esteve de manhã.

Portugal registou esta quarta-feira dois novos recordes: mais 14.647 infeções e 219 mortes por covid-19, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Os novos dados “podem e devem ser ponderados”, disse Marcelo Rebelo de Sousa esta quarta-feira à tarde. “E essa ponderação pode ser feita a todo o momento” e “deve acompanhar a evolução dos acontecimentos e dos dados”, acrescentou, em declarações aos jornalistas.

*com Lusa