Em 2020. Novembro foi o mês de maior excesso de mortalidade em Portugal
Tendo em conta o aumento do número de mortes em toda a Europa no ano passado, devido à Covid-19, o Eurostat fez uma análise do excesso de mortalidade, ou seja, o aumento do número total de óbitos, por qualquer causa, em comparação com os anos anteriores. O relatório foi hoje divulgado.
No total, entre março e outubro de 2020, registaram-se cerca de 297.500 mortes adicionais em toda a União Europeia (UE), face ao mesmo período dos últimos três anos. Com um pico durante o início da pandemia, o excesso de mortalidade na UE foi maior em abril do ano passado, com um aumento de 25%.
Em Portugal, o número de mortes adicionais registou uma tendência crescente no mesmo período do ano passado, muito impulsionado pela crise de saúde pública. Em março, mês em que se registou o primeiro caso da doença, a percentagem de excesso de mortalidade foi de 5,5%, tendo aumentado a partir desse momento, ainda que com algumas oscilações.
Os meses em que esta percentagem foi maior foram Novembro, com o maior valor registado nesse ano, de 25,5%, julho, com 25,3%, abril com 15,6% e outubro com 14,9%. Do lado oposto, os meses com menor excesso de mortalidade foram junho com 3,5% e março com 5,5%.
Segundo o Eurostat, «entre maio e julho, registou-se um nível mais baixo de excesso de mortalidade na UE», contudo, entre agosto e setembro, verificou-se um novo aumento deste indicador, em virtude da segunda vaga da Covid-19.
«Embora o excesso de mortalidade tenha sido observado durante todo o ano, em toda a Europa, os picos e a intensidade dos surtos variaram muito entre os países», acrescenta o Gabinete de Estatísticas Europeu, no relatório.