Marcelo assume «máxima responsabilidade» por não ter previsto terceira vaga. «Foi um erro de cálculo»

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, adiantou esta segunda-feira que assume «máxima responsabilidade» pelo facto de o Governo não ter previsto a terceira vaga da crise de saúde pública, adiantando, em declarações aos jornalistas em direto da Azambuja, que «foi um erro de cálculo».

«O Governo não previu, quero dizer, nós não previmos, eu já disse que assumo a máxima responsabilidade também já disse várias vezes que ocupados com a situação na Grande Lisboa, pensámos que a segunda vaga viria entre o outono e o inverno veio entre o verão e o outono», referiu, adiantando que «isso levou a um erro de cálculo em relação ao momento da segunda vaga».

Questionado sobre as medidas que estão a ser reavaliadas em Conselho de Ministros e serão hoje apresentadas, Marcelo não quis entrar em grandes detalhes. «Estão a ser ainda ajustadas, o senhor primeiro-ministro já me falou, mas estava ainda em curso o debate e eu não me vou antecipar», disse.

Se vai ou não ratificar as medidas em questão, Marcelo adianta que «vai saber quais são e depois depende da sua amplitude», indica explicando que «se forem medidas que não impõem uma alteração nos diplomas que eu tenho de assinar não vão ao Presidente, já se impuser uma alteração no decreto do Estado de Emergência são assinadas pelo Presidente».

O Chefe de Estado fala numa «grande diferença entre o confinamento de março e o de agora», sublinhando que o ano passado, «o confinamento correspondeu a uma altura em que boa parte da atividade económica parou», o que agora não se verifica.