Covid-19: Estados Unidos ponderam levantar restrições aos voos da Europa

A Casa Branca, residência oficial do Presidente dos Estados Unidos, está a considerar a revogação das proibições de entrada para a maioria dos cidadãos não norte-americanos que recentemente estiveram na Inglaterra, Irlanda e 26 outros países europeus, avança a agência Reuters, que cita cinco oficiais americanos e funcionários de companhias aéreas.

A administração Trump impôs as proibições numa tentativa de conter a propagação da pandemia nos Estados Unidos. Não está em causa, no entanto, o levantamento das restrições para a maioria dos cidadãos não americanos que estiveram recentemente na China ou no Irão.

O plano ganhou o apoio dos membros do grupo de ação (taskforce) para a covid-19 da Casa Branca, das autoridades de saúde e de outras agências federais. No entanto, Donald Trump ainda não tomou uma decisão final, ressalva a Reuters.

Muitos funcionários da administração argumentam que as restrições já não fazem sentido, dado que a maioria dos países em todo o mundo não estão sujeitos à proibição de entrada. As fontes contactadas pela Reuters alegam que o levantamento das restrições seria um impulso para as companhias aéreas americanas, que viram as viagens internacionais cair em 70%, de acordo com dados do setor.

Trump pode ainda optar por não levantar as restrições, dado o elevado número de infeções na Europa. Outro obstáculo potencial é o facto de a grande maioria dos países europeus não permitir a entrada dos viajantes dos EUA, enquanto a Inglaterra e a Irlanda permitem cidadãos americanos, mas requerem duas semanas de quarentena à chegada.

Nos Estados Unidos, estas restrições estão em vigor desde meados de março. As regras proíbem a entrada da maioria dos americanos não residentes que estiveram nos países europeus nos 14 dias anteriores, mas o Departamento de Estado dos EUA tem concedido algumas “exceções de interesse nacional”, relacionadas com viagens humanitárias, resposta de saúde pública, e segurança nacional.