Sondagem: Maioria dos portugueses acredita que restrições deveriam ser iguais em todo o país

A grande maioria dos portugueses, cerca de 85,7% mostra-se de acordo com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a decisão de decretar Estado de Emergência no país. Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pela Multi Dados para a Guess What.

Num comunicado enviado às redações, a empresa adianta ainda que 49,4% dos inquiridos estão bastante preocupados com a situação pandémica em Portugal. Para além disso 76,4% dos portugueses «acreditam que as medidas restritivas deveriam ser aplicadas de igual forma em todo o continente, enquanto 23,6% acredita que as medidas deveriam ser tomadas apenas nos concelhos com mais de 240/100 mil habitantes».

Os portugueses valorizam como principais medidas de combate à pandemia a imposição, sempre que possível, do teletrabalho, bem como a mobilização de militares das forças armadas para reforço da capacidade de rastreamento, ambas as opções apontadas por 94,5% dos inquiridos.

Seguem-se a possibilidade de realizar medições de temperatura corporal em estabelecimentos de ensino e também de requisitar recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social, uma escolha para 93,5% dos portugueses. Já 92% aposta na medição da temperatura corporal em espaços comerciais, culturais e desportivos.

Entre as medidas que geram menos consenso pelos inquiridos estão, por exemplo, a proibição de circulação na via pública a partir das 13h00 aos sábados e domingos, escolhida apenas por 46,5% e também a mobilização dos trabalhadores de grupos de risco para reforço da capacidade de rastreamento, preferência de 40% dos portugueses.

Destacam-se ainda outras três das que reuniram o menor consenso: limitação à circulação de pessoas entre concelhos (30,8%); mobilização de trabalhadores em isolamento profilático para reforço da capacidade de rastreamento (27,4%) e encerramento de estabelecimentos de restauração às 22h30 (21,9%).

No que diz respeito aos receios que os portugueses têm, destacam-se sobretudo a falência económica apontada por 74% dos inquiridos, a falência do Sistema Nacional de Saúde, preocupação de 72,2%m dos portugueses e o desemprego, escolhido por 64,6%.

Para a maioria dos portugueses, quase 17%, o Governo devia adotar apoios sociais e financeiros para as pessoas individuais e famílias, para ajudar a ultrapassar a crise deixada pela Covid-19. Cerca de 12,5% dos inquiridos menciona um apoio especial para a restauração; 9,9% considera que toda a população deveria ser testada.

Adicionalmente, ainda há quem considere que a fiscalização das medidas devia ser mais apertada, uma posta para 9,7% dos portugueses. 9,3% apoia o uso obrigatório de máscara em qualquer situação, exceto em casa, bem como o confinamento total de duas semanas e o ensino à distância. Por último uma minoria de 8,7% defende o aumento da oferta de transportes e fiscalização nos transportes públicos.