Natal? «Em tempo oportuno, os portugueses vão saber aquilo com que podem contar», diz Marcelo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta sexta-feira que este Natal, devido à pandemia, terá de ser diferente.

“É preciso mudar o estilo de Natal que sempre tivemos, reduzir o número de pessoas, dividir o número de pessoas. O Natal este ano é muito longo, porque vai de 24 a 27”, disse Marcelo, enquanto falava aos jornalistas no Luso, depois de se ter reunido com empresários do turismo da zona centro.

É preciso “ver como gerir essa realidade”. “Temos de fixar no horizonte aquilo que os portugueses podem contar em dezembro”, referiu.

O Presidente da República disse ainda que queria averiguar esta situação com os partidos, na próxima semana, onde será ponderada a renovação do estado de emergência, por mais 15 dias.

“Vamos ver o efeito das medidas tomadas agora”, acrescentou, referindo-se ao recolher obrigatório e à “experiência deste fim-de-semana e do próximo”, que prevê o encerramento de estabelecimentos comerciais entre as 13 horas e as 8 horas.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu também que iria ouvir os partidos no sentido de perceber se são precisas mais medidas nos concelhos onde a incidência do vírus é maior. A lista dos municípios com restrições mais apertadas aumentou, esta quinta-feira, de 121 para 191.

“Em tempo oportuno, os portugueses vão saber aquilo que se está a refletir sobre o Natal e fim do ano e com o que podem contar”, disse.

Solução de governo nos Açores «não é ideal»

O Presidente da República também se pronunciou sobre a solução de governo para os Açores, que não considera “ideal”. “Do que o representante da República nos Açores e eu vimos, não há nada que desrespeite a Constituição, pelo que pode ser viabilizada”. Mas “uma coisa é ter de, outra é gostar de”, explicou.

“Constitucionalmente não há nada a apontar”. O governante disse que se tratava de uma “opção dos partidos” e que estas decisões “têm vantagens e têm riscos e preços”, tanto “a nível regional como a nível nacional”.

“Todos os partidos com assento parlamentar têm o mesmo direito de viabilizar governos”, afirmou, acrescentando que a sua posição sobre “partidos antissistémicos” já era conhecida – “há que prevenir o seu aparecimento evitando causas de insatisfação” e “combater as suas ideias”.

No dia 6 de novembro, o Chega informou que chegou a um acordo com o PSD para viabilizar um governo de direita nos Açores.

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