Lucros do BCP caem 46% para 146,3 ME até setembro

O banco BCP teve lucros de 146,3 milhões de euros entre janeiro e setembro deste ano, menos 45,9% do que nos primeiros nove meses de 2019, divulgou hoje em comunicado ao mercado.

Em conferência de imprensa, o presidente executivo do BCP, Miguel Maya, disse que o resultado líquido foi “muito influenciado pelo impacto da covid-19”.

Nos primeiros nove meses deste ano, o BCP constituiu imparidades (sobretudo para crédito) no valor de 550,7 milhões de euros, mais 46% do que no mesmo período do ano passado.

Miguel Maya destacou “o resultado ‘core’ estável de 862,7 milhões nos primeiros nove meses de 2020”, “o reforço significativo das imparidades”, que de acordo com o gestor se relacionam com “duas realidades distintas”, a crise e o tema dos francos suíços.

Segundo o gestor, a “antecipação do impacto da pandemia” está relacionado com esse aumento das imparidades, mas também “o tema dos francos suíços”, relacionado com créditos na Polónia naquela moeda, “que levaram a um crescimento relevante das imparidades de 173,6 milhões de euros”, mais 46% nas imparidades e provisões.

Miguel Maya salientou, por outro lado, que os custos operacionais ficaram “muito controlados apesar de todos os custos adicionais de mudanças dos postos de trabalho, adaptação da organização, teletrabalho, máscaras, gel, divisórias”.

Quanto à estrutura, no final de setembro, o BCP tinha 7.152 trabalhadores na operação em Portugal, menos 52 do que em dezembro de 2019. Já face a setembro de 2019 a redução é de 107 funcionários.

Na rede comercial, o banco tinha em setembro 489 agências em Portugal, menos 16 do que em dezembro passado. Face a setembro de 2019, o BCP fechou 37 balcões.

Em abril, ainda no início da crise pandémica, o BCP disse que ia adiar a redução de trabalhadores que tinha previsto para este ano (numa postura que qualificou de “responsabilidade social”), mas anunciou que a fará no início de 2021.

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