“Zombies laborais”: Trabalhadores estão cada vez mais descomprometidos, e isso pode custar-lhes a carreira

Um estudo recente revelou que 85% dos funcionários estão descomprometidos com os seus trabalhos, representando uma preocupante tendência de “zombificação” na força de trabalho. Este fenómeno, onde os trabalhadores estão fisicamente presentes, mas mentalmente ausentes, está a causar impactos negativos tanto para as carreiras individuais quanto para as organizações que os empregam.

Executive Digest
Maio 12, 2024
16:00

Um estudo recente revelou que 85% dos funcionários estão descomprometidos com os seus trabalhos, representando uma preocupante tendência de “zombificação” na força de trabalho. Este fenómeno, onde os trabalhadores estão fisicamente presentes, mas mentalmente ausentes, está a causar impactos negativos tanto para as carreiras individuais quanto para as organizações que os empregam.

Os fatores que alimentam essa proliferação de “zombies laborais” incluem a falta de apoio, altos níveis de exigência e pouco controlo sobre as tarefas laborais. Muitos funcionários estão presos em rotinas que retardam o seu crescimento profissional e prejudicam as suas vidas pessoais, sem sequer perceberem ou se importarem com essa situação.

Segundo dados da Gallup, esse descomprometimento é um sério gatilho para o surgimento de “zumbis laborais”. Jesús Alcoba, diretor criativo da La Salle Campus Madrid, alerta para comportamentos aparentemente inofensivos, como odiar segundas-feiras ou celebrar sextas-feiras, que podem indicar um distanciamento do trabalho. Ele também destaca os perigos dos “grupos de download”, onde a negatividade em relação ao trabalho é amplificada.

Para evitar esse descomprometimento, especialistas como Manel Fernández Jaria, professor de gestão da UOC, enfatizam a importância de estabelecer limites saudáveis, praticar o autocuidado e desenvolver habilidades de gestão do stress. Além disso, é essencial cultivar atitudes proativas, humildade, coragem, otimismo e exigência consigo mesmo e com o contexto.

A falta de comprometimento pode ter consequências graves para as carreiras individuais, dificultando a mudança e minando a motivação e a confiança profissional. No entanto, as empresas também têm um papel crucial nesse cenário. Carlos Recarte, sócio-diretor da Recarte & Fontenla Executive Search, destaca a importância de criar uma cultura organizacional que promova a motivação e o bem-estar dos colaboradores.

É assim evidente a necessidade de as empresas investirem em liderança e cultura organizacional saudável para evitar o surgimento de “zombies laborais” e promover um ambiente de trabalho mais produtivo e motivador para todos os envolvidos.

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