Trump admite que Rússia pode estar “a arrastar os pés” no acordo de cessar-fogo com Ucrânia

Presidente americano tem pressionado por um fim rápido à guerra na Ucrânia, que matou dezenas de milhares de pessoas

Francisco Laranjeira
Março 26, 2025
11:58

Donald Trump admitiu esta quarta-feira que o Kremlin pode estar a atrasar a assinatura de um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia. “Não sei. Acho que a Rússia quer ver um fim para isso, mas pode ser que eles estejam a enrolar”, frisou o presidente americano, em entrevista a Greg Kelly, da ‘Newsmax’.

O presidente americano tem pressionado por um fim rápido à guerra na Ucrânia, que matou dezenas de milhares de pessoas, sendo que os negociadores da Casa Branca deslocaram-se separadamente, durante três dias na capital saudita, Riade, entre as delegações da Ucrânia e da Rússia.

Kiev já concordou com um cessar-fogo incondicional proposto por Washington: no entanto, Moscovo rejeitou a possibilidade, sendo que Kiev e os aliados europeus acusaram a Rússia de evitar os esforços de paz. Uma semana depois, no passado dia 18 – e já depois de Trump e Putin terem conversado -, o Kremlin concordou em parar de atacar instalações de energia.

“Eu fiz isso ao longo dos anos, sabe; não quero assinar um contrato, quero meio que ficar no jogo, mas talvez eu não queira fazer isso muito… Não tenho certeza. Mas não, acho que a Rússia gostaria de ver isso acabar, e acho que Zelensky gostaria de ver isso acabar neste momento”, reforçou Trump.

O Kremlin e o Ministério da Defesa da Rússia disseram que uma suspensão temporária dos ataques contra instalações de energia estava em vigor desde o passado dia 18, quando Trump e Putin chegaram a um acordo. No entanto, os ataques de drones na Ucrânia intensificaram-se desde então, com dezenas de UAV a atacar áreas residenciais e matando civis em todo a Ucrânia.

Já Zelensky afirmou que o cessar-fogo em ataques de energia começou apenas esta terça-feira, após a maratona de negociações de Riade

Posteriormente, em declarações paralelas, a Casa Branca disse que Washington, Kiev e Moscovo concordaram em garantir a navegação segura e evitar o uso da força no Mar Negro. No entanto, o Kremlin garantiu que só concordaria com a navegação segura no Mar Negro se as sanções fossem parcialmente aliviadas.

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