O Reino Unido seguiu os passos de França e Alemanha no fornecimento de pessoal e equipamentos para ajudar a Bélgica a combater incursões de drones em torno de instalações sensíveis, indicou Richard Knighton, chefe do Estado-Maior da Defesa britânico, citado pelo jornal ‘POLITICO’.
O ministro da Defesa belga, Theo Francken, agradeceu aos “amigos britânicos” pela decisão de enviar uma equipa antidrone para a Bélgica, na sequência das medidas semelhantes terem sido anunciadas por França e Alemanha nos últimos dias.
Recorde-se que os aeroportos de Bruxelas e Liège foram obrigados a suspender voos na semana passada após a deteção de drones não identificados no seu espaço aéreo, sendo que foram avistados drones sobre o porto de Antuérpia – bases militares e centrais nucleares também foram alvos de espionagem.
As incursões de veículos aéreos não tripulados (VANTs) sobre infraestruturas críticas da UE intensificaram-se nos últimos meses, levando a Comissão Europeia a classificá-las como parte da guerra híbrida que a Rússia está a travar contra o bloco. A Rússia negou as acusações.
O Centro Nacional de Segurança Aérea da Bélgica estará totalmente operacional até 1 de janeiro de 2026, afirmou Francken após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional na passada quinta-feira. Enquanto isso, o Governo belga solicitou ajuda de Berlim, Paris e Londres, que enviarão especialistas da força aérea.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou que as incursões de drones estão ligadas às negociações em curso sobre a utilização de ativos russos congelados para ajudar a financiar os esforços da Ucrânia na defesa contra uma invasão total de Moscovo. A maioria desses ativos está depositada na Euroclear, uma instituição financeira na Bélgica.
“Esta é uma medida destinada a espalhar insegurança e a incitar o medo na Bélgica: não se atrevam a mexer nos ativos congelados. Isto não pode ser interpretado de outra forma”, disse Pistorius em conferência de imprensa.
O Governo belga não apontou explicitamente o dedo para Moscovo, mas o serviço secreto do país tem poucas dúvidas sobre a origem dos drones, segundo a ‘VRT’. Francken afirmou no sábado que “a Rússia é claramente uma suspeita plausível “.














