Uma professora da Escola Manuel Teixeira Gomes, em Chelas (Lisboa), está sob alçada disciplinar por ter referido a nacionalidade de uma aluna num documento interno, denuncia esta terça-feira o ‘Correio da Manhã’ – o processo disciplinar está agora em fase de defesa.
“No primeiro dia do seu ‘despejo’ na escola, correu pelos corredores, rebolou no chão, bateu nas paredes e portas que encontrou, entrou pelas salas, atirou-se para o chão, gritou, chorou, mordeu e bateu em todos os professores e auxiliares que a queriam ajudar”, relataram os docentes, sendo que a professora do 1º ciclo solicitou apoio à direção do Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais, tendo mencionado a nacionalidade da criança e que a mesma não falava português.
No entanto, as referências que fez da criança, oriunda de um país do interior da Ásia e com um espectro de autismo, fora consideradas abusivas, o que motivou a abertura de um processo disciplinar, tendo sido acusada de discriminação.
A Associação de Pais lembrou que a professora chegou a adquirir recursos para acompanhar a turma, que tem alunos portugueses, asiáticos e sul-americanos. “Todo este processo é uma vergonha. Estamos ao lado da professora.”
De acordo com o Ministério da Educação, após uma queixa da Associação de Pais, foi feita uma inspeção sobre a ação das Equipas Multidisciplinares de Apoio à Educação Inclusiva, tendo sido acionadas “medidas e estratégias consideradas adequadas para responder às necessidades educacionais”.













