“O trabalho intensivo no plano de paz está a prosseguir”: Macron, Starmer e Merz já falaram com Trump sobre a Ucrânia

O presidente francês, Emmanuel Macron, revelou esta quarta-feira, que manteve uma conversa conjunta com o presidente norte-americano, Donald Trump, centrada na situação na Ucrânia e na necessidade de encontrar caminhos que permitam “tentar avançar” nas negociações.

Pedro Gonçalves
Dezembro 10, 2025
16:06

O presidente francês, Emmanuel Macron, revelou esta quarta-feira, que manteve uma conversa conjunta com o presidente norte-americano, Donald Trump, centrada na situação na Ucrânia e na necessidade de encontrar caminhos que permitam “tentar avançar” nas negociações. A chamada, que durou cerca de 40 minutos, contou igualmente com a participação do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e do chanceler alemão, Friedrich Merz, segundo confirmou o Palácio do Eliseu.

Embora o Eliseu não tenha divulgado pormenores sobre o conteúdo das intervenções, Londres publicou um comunicado oficial que indica que os quatro dirigentes discutiram “os desenvolvimentos mais recentes das conversações de paz lideradas pelos Estados Unidos”, sublinhando o empenho comum em alcançar “uma paz justa e duradoura para a Ucrânia” e um fim imediato da violência. O Governo britânico reforçou que “o trabalho intensivo no plano de paz está a prosseguir e continuará nos próximos dias”, descrevendo o momento como “crítico — para a Ucrânia, para o seu povo e para a segurança partilhada em toda a região euro-atlântica”.

A cimeira telefónica surge dois dias depois de Macron, Starmer e Merz se terem encontrado presencialmente em Londres com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa demonstração de apoio político à Ucrânia numa fase em que Washington aumenta a pressão diplomática para que Kiev considere concessões que permitam aproximar um eventual cessar-fogo com Moscovo.

O presidente francês e o chefe do governo britânico deverão ainda presidir, na quinta-feira, a uma nova sessão — por videoconferência — da chamada “coligação de voluntários”, formada por países dispostos a reforçar o apoio à Ucrânia e a fornecer “garantias de segurança” no quadro de um potencial acordo de paz.

A articulação entre Paris, Londres, Berlim e Washington intensificou-se nas últimas semanas, refletindo o esforço de alinhar posições entre os principais aliados europeus e os Estados Unidos num momento que todos consideram decisivo para o futuro das negociações.

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