Volkswagen vai usar cannabis nos seus carros (e não, não é para esse uso…)

Depois de 5 mil anos a fornecer um pouco de tudo – desde remédios a cordas e velas para barcos, até ‘alegria’ – a Volkswagen pretende agora introduzi-lo num automóvel como um material biológico, sustentável reciclável e económico.

A partir de 2028, a Volkswagen quer produzir alternativa ao couro 100% orgânico e juntamente com a start-up alemã Revoltech, pretendem fazer interiores a partir da planta de cannabis, um biomaterial feito a partir de resíduos de cânhamo que pode imitar o couro animal para o revestimento interior dos veículos.

O material é de camada única (mais fácil de reciclar, portanto) e tem o nome LOVR registado, em referência a “sem couro, sem óleo, vegan e à base de resíduos”.

O material não só tem origem biológica, mas também é reciclado, já que provém de resíduos industriais, que não teriam outro uso – depois da sua vida dentro de um carro, esse não-couro poderá ser reciclado ou compostado novamente, avançou a Volkswagen, uma vez que os adesivos utilizados também serão totalmente biológicos.

O próximo passo, antes de industrializar o material (que afirmam poder estar em fábricas já existentes), deverá verificar a sua adequação para cumprir os rigorosos e variados requisitos para a sua utilização na indústria automóvel, como segurança, resistência, entre outros.

Depois de ter encontrado aplicações durante milénios no cânhamo e na marijuana (a mesma espécie vegetal, Cannabis Sativa), em 1961 as Nações Unidas interromperam o crescimento da cultura.

O chamado cânhamo industrial (aquele que seria utilizado pela Volkswagen) na União Europeia, é uma variante com baixo teor de THC (a substância psicoativa), inferior a 0,3%.

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