Passaporte Digital do Produto será obrigatório em 2026. Em que consiste e o que devem fazer as empresas?

A contagem regressiva para a obrigatoriedade do Passaporte Digital do Produto (DPP) em 2026 já começou. Este será uma identidade digital única atribuída a cada produto, permitindo o acesso a informações detalhadas sobre a sua origem, composição, processo de fabrico, uso e recomendações para reciclagem ou descarte apropriado.

André Manuel Mendes
Fevereiro 20, 2025
9:52

A contagem regressiva para a obrigatoriedade do Passaporte Digital do Produto (DPP) em 2026 já começou. Este será uma identidade digital única atribuída a cada produto, permitindo o acesso a informações detalhadas sobre a sua origem, composição, processo de fabrico, uso e recomendações para reciclagem ou descarte apropriado.

Este passaporte funciona como um registo detalhado que acompanha o produto ao longo de todo o seu ciclo de vida, desde a produção até à eliminação ou reciclagem, facilitando a transparência e a rastreabilidade.

Mais de 30 pequenas e médias empresas (PMEs) já estão a testar soluções inovadoras no GreenTech Lab. Esta plataforma permite a validação de produtos e processos para garantir conformidade com as novas normas europeias de rastreabilidade, transparência e circularidade.

A implementação obrigatória do DPP a partir de 2026 representa uma mudança significativa para as empresas que produzem bens na União Europeia. Segundo João Pedro Pinto, partner da Aliados Consulting, entidade promotora do projeto, ” esta plataforma é uma oportunidade única para as empresas experimentarem soluções que as colocarão na linha da frente da sustentabilidade e inovação. A transição não é uma opção, é um requisito para competir no mercado europeu.”

 

Como funciona?

O conceito baseia-se na atribuição de um identificador digital único a cada produto, acessível por meio de códigos QR ou tecnologia semelhante. Esse identificador liga o item a uma base de dados que contém informações detalhadas e atualizadas ao longo do seu ciclo de vida.

Através do Passaporte Digital de Produto, os consumidores e empresas podem ter acesso a informações essenciais, como:

Origem dos materiais e componentes utilizados na fabricação;
Detalhes sobre o processo produtivo e a cadeia de abastecimento;
Instruções de uso e manutenção, visando prolongar a vida útil do produto;
Diretrizes para reciclagem ou descarte responsável, promovendo a sustentabilidade.

Apesar das vantagens, a implementação do Passaporte Digital de Produto enfrenta desafios, como a necessidade de padronização entre diferentes setores e garantias de segurança e privacidade dos dados.

Ainda assim, especialistas acreditam que o PDP pode transformar o consumo e a produção, incentivando práticas mais sustentáveis e informadas. À medida que mais empresas adotam essa tecnologia, espera-se um mercado mais transparente, responsável e alinhado com os princípios da economia circular.

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