EUA em risco de sofrer um ‘mega tsunami’ com 300 metros de altura, alertam cientistas

Alasca, o Havai e partes da costa oeste dos Estados Unidos continental correm risco se ocorrer um sismo na zona de subducção de Cascadia, uma falha que se estende desde o norte da Ilha de Vancouver até ao Cabo Mendocino, na Califórnia

Francisco Laranjeira
Maio 31, 2025
12:00

Os EUA correm um sério risco de serem atingidos por um ‘mega tsunami’ nos próximos 50 anos, revelou um estudo recente realizado por geocientistas da Virginia Tech, publicado na revista científica ‘Proceedings of the National Academy of Sciences’: a probabilidade de acontecer o tsunami, que pode atingir 300 metros de altura, após um sismo de magnitude 8 da escala de Richter, é de 15%, calcularam os especialistas.

Os cientistas alertaram que um ‘mega tsunami’ pode potencialmente varrer uma grande parte dos Estados Unidos do mapa — se um sismo suficientemente forte atingir uma falha geológica ativa específica nos próximos 50 anos.

O Alasca, o Havai e partes da costa oeste dos Estados Unidos continental correm risco se ocorrer um sismo na zona de subducção de Cascadia, uma falha que se estende desde o norte da Ilha de Vancouver até ao Cabo Mendocino, na Califórnia.

O terramoto, que potencialmente destruiria cidades como Seattle e Portland, no Oregon, também poderia afundar terras costeiras até 2 metros, apontou o estudo, realçando que as ondas do ‘mega tsunami’ podem atingir até 300 metros, o que colocaria milhões de americanos em risco.

Enquanto os tsunamis comuns produzem ondas com alguns metros de altura, os ‘mega-tsunamis’ são caracterizados por alturas extremas, com ondas que muitas vezes se estendem por centenas de metros no ar. Ao contrário de eventos graduais causados ​​pelo clima, este possível sismo “aconteceria em minutos, não deixando tempo para adaptação ou mitigação”, alertaram os cientistas.

“A expansão da planície de inundação costeira após um terramoto na zona de subducção de Cascadia não foi quantificada anteriormente, e os impactos no uso da terra podem aumentar significativamente o calendário de recuperação”, apontou Tina Dura, principal autora do estudo e professora assistente no Departamento de Geociências da Virginia Tech.

O estudo indicou que os efeitos mais graves ocorreriam no sul de Washington, no norte do Oregon e no norte da Califórnia. O Alasca e o Havai, embora mais distantes da falha geológica, são vulneráveis ​​devido aos seus perfis sísmicos e vulcânicos. Por último, importa recordar que não se verificou um sismo de grande magnitude sísmica ao longo da zona de subducção de Cascadia desde 1700.

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