Aleysha Ortiz, de 19 anos, terminou o liceu em Hartford, no estado americano do Connecticut (EUA) com uma bolsa de estudo para a universidade. No entanto, apesar de se ter graduado com distinção, Aleysha é analfabeta e garante que não sabe ler nem escrever, apesar de ter frequentado durante mais de 12 anos as escolas públicas. Agora, de acordo com a ‘CNN’, avançou com um processo contra o conselho de Educação de Hartford e a cidade de Hartford por negligência, bem como a sua gestora de casos de ensino especial, Tilda Santiago.
Jesse Turner, responsável pelo Centro de Alfabetização da Universidade Estadual Central de Connecticut, explicou que a qualidade da educação especial nas escolas públicas varia de acordo com o código postal e a demografia. Segundo um relatório de 2019 da ‘EdBluid’, que promove a equidade nas escolas públicas, a maioria dos distritos escolares não brancos nos EUA recebe 22 mil milhões de euros a menos do que os distritos com alunos maioritariamente brancos.
Aleysha nasceu em Porto Rico e chegou aos EUA com 5 anos, com a família a acreditar que a criança teria serviços melhores para as suas dificuldades de aprendizagem. No primeiro ano, Aleysha “tinha dificuldade em reconhecer letras, sons e números”, pode ler-se na ação judicial. Como as dificuldades não eram tratadas, começou o mau comportamento na sala de aula – quando chegou ao 6º ano, as avaliações apontavam que ela estava a ler ao nível do jardim de infância ou do primeiro ano.
O liceu não resolveu nada: Tilda Santiago tornou-se professora de educação especial e gestora de casos de Aleysha no Liceu Público de Hartford: no entanto, refere a aação judicial, Santiago submeteu Aleysha “a repetidas intimidações e assédio”, incluindo persegui-la no recinto escolar, tendo mesmo gozado com as suas dificuldades de aprendizagem.














