Ensaio. Mazda MX-5 RF: o eterno roadster que mantém ligação estreita entre condutor e carro
O MX-5 mantém a simplicidade que o distingue e o prazer de condução. Compacto, envolvente e sedutor assim era (e é) o roadster japonês cujo mote, quando foi criado, foi o prazer de conduzir a céu aberto, com uma caixa manual – curta e direta – uma condução envolvente, e muito próxima do asfalto, com a filosofia tradicional japonesa Jinba-Ittai, que “considera o cavalo e o cavaleiro como um todo” que, aplicada no Mazda MX-5 – “o condutor e o roadster formam uma ligação estreita, proporcionando equilíbrio, agilidade e leveza”.
Falar do MX-5 é reviver um pouco da história automóvel onde um modelo com uma estética diferenciadora mas com características muito próprias acabou por torna-lo no roadster mais famoso do mundo.
A Mazda tinha dois caminhos. Com o decorrer dos anos fazia evoluir o modelo, em dimensões e no desenho, como fez a Porsche, a Mini, por exemplo, ou optar pelo caminho mais difícil – manter a estética quase inalterada e as dimensões, fazendo variar todos os anos as versões do modelo, nos detalhes, na qualidade do mesmo – seja nos materiais seja na construção.
O MX-5 é um produto que aumenta o nível de colecionadores e de seguidores. Esta variação da marca, ao optar por uma capota rígida não retira beleza ao modelo, muito embora continuo a preferir a capota de lona e o manuseamento manual.
A estética exterior foi alterada passando a ter faróis mais esguios – em led – e (subjetivamente) atraentes.
A traseira mantém os seus faróis redondos nas extremidades da carroçaria. É um automóvel ‘cozy’. É, para este modelo, uma Love Brand como a Apple, Tesla.
O interior mantém as dimensões contidas mas, curiosamente, assim que acedemos ao interior sentimo-nos encaixados e envolvidos no mesmo. A filosofia Jinba-Ittai está presente. “Considera o cavalo e o cavaleiro como um todo” que, quando aplicada no Mazda MX-5 – “o condutor e o roadster formam uma ligação estreita, proporcionando equilíbrio, agilidade e leveza”.
Sentimos que os bancos foram feitos para nós e que os vários comandos foram colocados para combinar com a nossa ergonomia. Esta é a filosofia que a marca – e bem – não abdica.
É, pois, com este espírito – e com a capota aberta – que, neste caso é de acionamento totalmente elétrico que damos início ao ensaio.
Trata-se de um automóvel envolvente com uma caixa curta, precisa e muito direta, onde os 132 cavalos são suficientes para o locomover, pois a relação peso-potência também ajuda.
Percebemos desde o início que é um automóvel confortável mas é um tração traseira e, por isso, em piso húmido ou molhado devem existir maiores preocupações e cuidados mas de resto o MX-5 abraça cada curva com o comportamento bem preciso pois percebemos que a própria direção lê bem a estrada e nos comunica o que fazer em cada momento, não sendo preciso correções a meio da trajetória.
Preço desde 35.900€