Coreia do Sul quer armas nucleares para lidar com tensões com vizinho do norte

Uma importante política da Coreia do Sul apelou, esta segunda-feira, que o país se arme com armas nucleares devido às crescentes tensões com o seu vizinho do norte. Segundo Na Kyung-won, apontada como favorita para liderar a oposição oficial do país, propôs que se “façam preparativos para desenvolver armas nucleares num curto período de tempo agora mesmo”.

Num post na rede social ‘Facebook’, Kyung-won descreveu os motivos pelo qual a Coreia do Sul deve abandonar a sua política histórica de não proliferação. “A história da sociedade internacional mostra que apenas ‘países com poder’ para suprimir ameaças externas sobreviveram”, pode ler-se no post, de acordo com a revista ‘Newsweek’. “É por isso que deveríamos pensar em armas nucleares com todas as possibilidades abertas agora.”

Segundo Na, a nova política seria conduzida pela “sanidade internacional” e contaria com a “cooperação entre a Coreia e os EUA”. “Faremos preparativos para desenvolver armas nucleares num curto período de tempo”, salienta. “Não vou parar apenas com palavras, mas com ações.”

Na Kyung-won vai concorrer à eleição como líder do Partido do Poder Popular na convenção do partido no próximo dia 23.

Em 1975, a Coreia do Sul aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear, que proíbe os estados signatários de desenvolver armas nucleares. Embora tenha continuado a envolver-se em programas de pesquisa nuclear desde então, o país manteve uma política oficial de não proliferação.

No entanto, Kim Jong Un, ditador da Coreia do Norte, tem tentado continuamente desenvolver uma capacidade nuclear ofensiva diante da condenação internacional, o que levou a uma reconsideração da posição da Coreia do Sul.

Em 2023, o atual presidente Yoon Suk-Yeol sugeriu que o país poderia adquirir o seu próprio arsenal nuclear se a situação com a Coreia do Norte não melhorasse. Em abril do mesmo ano, os EUA concordaram em enviar submarinos com armas nucleares para a Coreia do Sul, em compensação para que o país abandonasse os planos de desenvolver as suas próprias armas nucleares.

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