Este sábado chega ao fim a primavera climatológica, marcada por altas temperaturas em Portugal depois de meses repletos de chuva e depressões. A questão que se coloca é que se esta situação atmosférica se vai manter ao longo de junho?
De acordo com o site ‘MeteoRed’, as próximas semanas vamos assistir aos dias mais longos do ano, com temperaturas máximas em Portugal continental (26,4 graus) significativamente mais elevadas do que as de maio em 5 graus. Importa ressalvar o grande contraste térmico entre as regiões a norte do Tejo (22 e 25 graus) – mais frescas ou amenas – e aquelas a sul, já bastante quentes (27 e 30 graus). Na faixa costeira ocidental e meridional de Portugal continental, bem como nos arquipélagos dos Açores e da Madeira a subida térmica é mais moderada graças à influência das brisas marítimas.
Em junho, a precipitação tenderá a ser escassa e extremamente irregular nas regiões situadas a sul da Cordilheira Central (composta pela serras da Lousã, Açores e Estrela) e nos Açores e Madeira. Já no Noroeste de Portugal continental – nas regiões situadas a oeste da Barreira de Condensação – tais como os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro e os setores ocidentais dos distritos de Vila Real e Viseu, bem como na Cordilheira Central, os valores de precipitação acumulada são normalmente mais significativos graças aos aguaceiros fortes, por vezes de granizo, e às trovoadas, típicas da estação estival do ponto de vista climatológico.
Por isso, garantiu o ‘Meteored’, os valores da média de precipitação total mensal referidos para o Norte e Centro de Portugal continental contrastam fortemente com o resto do país. De facto, a sul da Cordilheira Central, mas sobretudo a sul do rio Tejo, a precipitação acumulada mensal de junho, em média, costuma apresentar registos substancialmente inferiores.
As tendências indicam que a primeira quinzena será mais seca do que o habitual em grande parte de Portugal, exceto nas regiões situadas a sul do rio Tejo. Para a segunda quinzena de junho não se vislumbra uma tendência particularmente definida em Portugal, mas os mapas sugerem uma corrente de jato polar com algumas pequenas ondulações, o que seria favorável ao desenvolvimento de aguaceiros e trovoadas em certas zonas do nosso país
Por último, a previsão das temperaturas: se se concretizar o atual cenário, na primeira quinzena de junho os valores térmicos poderão situar-se entre 3 e 6 graus acima da média em zonas de Trás-os-Montes, Beira Alta, Beira Interior, Beira Baixa, Alto Alentejo, Alentejo Central e Baixo Alentejo.
No resto do nosso país, a metade ocidental e orientada para o Atlântico, as temperaturas poderão ser 1 a 3 graus mais elevadas do que o habitual durante a primeira metade de junho. Já nos Açores e Madeira estão previstas anomalias térmicas positivas mais moderadas, entre 0,5 e 1 graus acima da média.














