As reclamações contra a AIMA – Agência para a Integração, Migrações e Asilo – duplicaram no segundo trimestre de 2025, de acordo com dados divulgados pelo Portal da Queixa. Nos primeiros seis meses do ano, foram registadas 1.117 queixas, refletindo uma insatisfação crescente com o desempenho da entidade responsável pelos processos de regularização de imigrantes em Portugal.
Entre abril e junho, o número de reclamações aumentou mais de 100%, passando de 368 no primeiro trimestre para 749 no segundo – uma subida de 103,5%. Os meses de abril (225), maio (275) e junho (249) registaram os valores mais elevados, evidenciando uma tendência de agravamento.
Os principais motivos de queixa continuam a ser o atendimento inadequado ou ineficiente (31,07%), as falhas técnicas e operacionais (26,23%) e os atrasos em processos e documentação (17,46%). Outros problemas referidos incluem dificuldades de agendamento (15,94%), questões com pagamentos (6,62%), má conduta do pessoal e falhas de segurança.
A página da AIMA no Portal da Queixa regista um baixo índice de satisfação (18,1 em 100), com uma taxa de resposta de apenas 13,1% e uma taxa de solução de 13,8%.
Lisboa concentra a maioria das reclamações (34,65%), seguida do Porto (17,91%) e Setúbal (10,47%). A faixa etária mais representativa entre os queixosos é a dos 25 aos 34 anos (42,7%), com ligeira predominância de homens (56,31%) face às mulheres (43,69%).
