Maioria dos portugueses quer faturas de energia claras e proteção na pobreza energética

A maioria dos portugueses, inquiridos num Eurobarómetro hoje divulgado sobre comportamento em relação à energia, disse querer mais clareza nas faturas energéticas e também melhor proteção perante situações de pobreza energética.

Executive Digest com Lusa
Dezembro 12, 2025
13:06

A maioria dos portugueses, inquiridos num Eurobarómetro hoje divulgado sobre comportamento em relação à energia, disse querer mais clareza nas faturas energéticas e também melhor proteção perante situações de pobreza energética.

“A proteção dos consumidores vulneráveis é uma preocupação para muitos europeus, de acordo com o último Eurobarómetro. Este inquérito à escala da UE [União Europeia] centrou-se nas perceções dos consumidores sobre os serviços energéticos, nas fontes de informação que utilizam ao escolher os seus fornecedores de energia e nas áreas a melhorar nos mercados da energia para melhor servir os consumidores”, afirma o executivo comunitário em comunicado.

No capítulo sobre Portugal e as áreas a melhorar, 45% dos portugueses questionados afirma querer mais clareza e transparência nas faturas de energia (contra 34% no conjunto da UE), enquanto 39% (contra 38% na UE) pede melhor proteção dos consumidores vulneráveis e dos que se encontram em situação de pobreza energética.

Para este Eurobarómetro, foram realizadas 545 entrevistas por telefone (telefones fixos e telemóveis) a cidadãos com mais de 18 anos em Portugal e 18.250 na UE, entre 30 de junho e 15 de julho de 2025.

“As conclusões sublinham a necessidade de uma comunicação mais clara, de uma melhor proteção dos consumidores e de processos simplificados para apoiar a transição para uma energia mais limpa”, adianta a Comissão Europeia.

Portugal é apontado como um dos países da União Europeia com maiores níveis de pobreza energética, ou seja, com uma grande proporção de pessoas que não conseguem aceder de forma adequada aos serviços energéticos essenciais como aquecimento e arrefecimento doméstico.

No relatório mais recente sobre o Estado da União da Energia, Portugal registou em 2023 a percentagem mais alta da UE (20,8%) de população que não consegue manter a casa adequadamente aquecida, um valor bem acima da média de cerca de 10,6% na UE e à frente de países como Bulgária ou Lituânia, ficando ao mesmo nível que Espanha nesse indicador.

Estima-se que entre 1,9 a três milhões de portugueses estejam em situação de pobreza energética, incluindo cerca de 660.000 a 680.000 em situação severa, muitas vezes devido à combinação de baixos rendimentos, casas com má eficiência energética e custos elevados de energia.

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