A Coreia do Norte assegurou que o míssil balístico intercontinental que lançou na quarta-feira, e que realizou um voo de mais de 70 minutos, era um Hwasong-18, o mais poderoso de sempre alguma vez testado com sucesso pelo regime de Pyongyang. Este lançamento marca uma escalada de tensão com os EUA e respetivos aliados.
O ‘voo’ do míssil durante 74 minutos é um ligeiro avanço face aos testes realizados em março e abril deste ano, também com mísseis com capacidade para atingirem território Norte-Americano.
O míssil, que acabou por cair em águas próximas do Japão, viu o seu lançamento no seguimento de Pyongyang ter ameaçado abater uma aeronave de reconhecimento norte-americana, alegando atividades de “espionagem hostil” no seu território.
O Hwasong-18 é um míssil de combustível sólido que é mais difícil de detetar, mas também de intercetar, quando comparado com todos os outros até agora testados pelo regime de Kim Jong Un. Analistas citados pela CNN adiantam que esta arma permitirá à Coreia do Norte lançar ataques nucleares de longo alcance.
A agência de notícias estatal da Coreia do Norte, a KCNA, adianta que o lançamento do míssil acontece “durante um grave período, em que a situação de segurança militar da Península Coreana e na região chegou a uma fase de crise nuclear pior do que na Guerra Fria, com provocações sem precedentes dos EUA e das suas forças navais”.
Os testes de lançamento foram acompanhados e supervisionados por Kim Jong Un, que terá guiado a arma.
O lançamento ocorreu em período de tensões agravadas pela cooperação entre os EUA e Coreia do Sul, e em plena cimeira da Nato, na Lituânia.
Este foi o primeiro lançamento de um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte nos últimos três meses. O Hwasong-18 percorreu 1000 km e atingiu uma altitude de 6 mil quilómetros














