Vasily Golubev, governador da região russa de Rostov, cuja capital, Roston-on-Don foi tomada durante algumas horas pelo Grupo Wagner no fim de semana passado, manifestou esta sexta-feira dúvidas sobre as imagens que mostravam a população da cidade a apoiar os mercenários.
Vídeos e fotografias tornaram-se virais nas redes sociais na semana passada, amplamente divugados por membros do Grupo Wagner, que mostravam a população de Rostov a cumprimentar os mercenários, a bater palmas e a assobiar, e até a abraçar alguns membros da organização paramilitar.
Wagner fighters in Rostov hug locals, get a round of applause & ride off into the sunset like nothing ever happened pic.twitter.com/vHZ1XN83MC
— Alec Luhn (@AlecLuhn) June 24, 2023
“Acho que são insinuações feitas pelos próprios membros do grupo Wagner”, considerou o responsável, em declarações ao Kommersant, indicando que o episódio foi encenado pelo Grupo Wagner para contar determinada narrativa.
“Porque pelo que sei, nem todos estavam a usar os uniformes de combate quando estavam na cidade. Por isso é que havia aquelas bandeiras, e os abraços também”, justificou Golubev.
Golubov recusa, no entanto, comentar porque foi tão fácil para o Grupo Wagner entrar por Rostov-oDon a dentro e capturar a sede militar do distrito a sul.
Após tomar a cidade, os mercenários seguiram em coluna de tanques até às portas de Moscovo. Um acordo mediado pelo residente bielorrusso Lukashenko com o líder do Grupo, Yevgeny Prigozhin, pôs fim à rebelião, com Putin a permitir que Prigozhin evitasse um processo judicial e pudesse mudar-se para a Bielorrússia.
Também foi dada a hipótese de os mercenários Wagner irem para casa e abandonarem o grupo, juntarem-se ao Exército russo ou acompanharem o líder e mudarem-se para a Bielorrúsia, onde já haverá uma base militar pronta a receber estes combatentes.














