Fim de semana traz tempo ameno, alguma chuva e nevoeiro intenso em várias regiões

A chegada de uma massa de ar tropical marítima vai marcar o estado do tempo entre sexta-feira, sábado e domingo

Francisco Laranjeira
Dezembro 5, 2025
6:15

A chegada de uma massa de ar tropical marítima vai marcar o estado do tempo entre sexta-feira, sábado e domingo, trazendo temperaturas invulgarmente amenas para dezembro, menos chuva no território continental e nevoeiros que poderão ser persistentes, de acordo com o ‘LusoMeteo’. Esta mudança coincide com o fim de semana prolongado da Imaculada Conceição e reflete uma alteração temporária no regime atmosférico.

Esta sexta-feira será marcada por períodos de céu muito nublado, com abertas ocasionais, sobretudo no Baixo Alentejo e Algarve, onde a precipitação poderá nem chegar. A chuva será mais intensa e frequente no litoral Norte e Centro durante a manhã, embora possa ocorrer em praticamente todo o país. As temperaturas continuam a subir entre 2 e 3 graus, com máximas entre 15 e 20 graus e mínimas entre 8 e 14 graus.

O vento soprará de sudoeste, fraco a moderado, sendo mais intenso a Norte, com rajadas até 55 km/h nas terras altas. No Alentejo e Algarve será geralmente fraco. O mar permanece muito agitado na costa ocidental, com ondas que podem atingir 5 a 7 metros, enquanto na costa sul do Algarve não deverão ultrapassar 1 metro.

No sábado, deverá continuar a chover no Norte e Centro-norte, com precipitação localmente forte nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto, estendendo-se a zonas ocidentais de Vila Real e Viseu. De Coimbra para sul, apenas alguns aguaceiros fracos e isolados. No domingo, a chuva concentrar-se-á no Minho, Porto e Vila Real, com possibilidade de aguaceiros dispersos no litoral e interior Centro.

A partir de segunda-feira, o cenário aponta para maior estabilidade, ainda com céu muito nublado e eventuais chuviscos em áreas montanhosas.

Nevoeiro ganha protagonismo e temperaturas tornam o fim de semana primaveril

O nevoeiro será um dos fenómenos mais relevantes dos próximos dias, podendo formar-se de forma densa em amplas áreas — do Minho ao Douro Litoral, Beira Baixa, Alentejo e Algarve — e condicionar deslocações. Poderá ainda surgir de forma mais isolada na faixa costeira ocidental.

As temperaturas estarão muito acima da média para o início de dezembro, com máximas que poderão atingir 17 a 19 graus em várias capitais de distrito a sul do Mondego, incluindo Lisboa, Santarém, Setúbal, Faro e Évora. No litoral Norte, Porto e Viana do Castelo deverão registar 16 a 17 graus, enquanto no interior Norte e Centro os valores serão mais baixos, sobretudo na Guarda (11 a 12 graus).

As noites também serão suaves, com mínimas 3 a 8 graus acima da média. A geada desaparece no interior. Na Madeira, as máximas poderão chegar aos 22 graus, com céu temporariamente turvo devido à entrada de poeiras. Nos Açores, Ponta Delgada deverá registar 19 a 20 graus.

Açores com chuva persistente e Madeira com tempo mais estável

Nos Açores, o ‘LusoMeteo’ prevê períodos de céu muito nublado e precipitação fraca a moderada nos grupos Ocidental e Central, com muita humidade e possibilidade de nevoeiros. As temperaturas manter-se-ão elevadas, entre 17 e 21 graus. O mar deverá continuar agitado, com ondas superiores a 5 metros a Oeste.

Na Madeira, esperam-se períodos de céu nublado e abertas a Sul. Poderão ocorrer aguaceiros fracos nas vertentes Norte e zonas montanhosas, com vento moderado de nordeste. As temperaturas mantêm-se estáveis, entre 20 e 22 graus, e a ondulação será mais forte na costa Norte, até 2 a 3 metros.

O que esperar nos próximos dias?

Este padrão mais ameno resulta do posicionamento de um anticiclone sobre a Península Ibérica, que reduz a influência das depressões atlânticas. A massa de ar tropical deverá permanecer até quarta-feira, embora exista incerteza sobre o momento exato em que será substituída por ar mais frio.

Os modelos continuam a apontar para um dezembro excecionalmente chuvoso, sobretudo na primeira quinzena, com precipitação muito acima da média no Norte e Centro. A possibilidade de transição para um padrão mais frio na segunda quinzena permanece em aberto, dependendo da evolução do jato polar e de um possível aquecimento súbito da estratosfera.

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