Nos últimos 12 meses, os veículos elétricos de autonomia estendida (EREVs) têm conquistado atenção crescente no mercado automóvel global, indicou o site especializado ‘Motor1’. Enquanto fabricantes e consumidores continuam a debater a transição entre motores a combustão, híbridos e elétricos puros, esta solução surge como uma alternativa capaz de equilibrar eficiência e autonomia.
A expansão dos EREVs é vista de forma positiva tanto por consumidores, que ganham flexibilidade, como por autoridades locais, que procuram reduzir emissões. Mas o que distingue estes veículos de outras soluções elétricas e híbridas?
Os EREVs são automóveis equipados com um extensor de autonomia: um motor de combustão que utiliza combustível para alimentar um gerador elétrico, recarregando a bateria do carro. A tração, no entanto, continua a ser exclusivamente elétrica.
Ao contrário dos híbridos plug-in (PHEVs) e dos híbridos convencionais (HEVs), que dependem de motores e tanques de combustível menores combinados com baterias, os EREVs focam-se na propulsão elétrica, utilizando o motor a combustão apenas como suplemento da autonomia. Esta configuração permite condução elétrica prolongada sem as limitações típicas de carga.
Popularidade crescente na China
Segundo dados da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM), o número de modelos EREV disponíveis na China subiu de 12 em 2022 para 40 no primeiro semestre de 2025. Entre os pioneiros desta tecnologia destacam-se a Li Auto, bem como modelos já descontinuados como o BMW i3, o Chevrolet Volt e o Fisker Karma.
O mercado chinês tem investido fortemente nesta categoria. A participação de EREVs subiu de 1,2% em 2022 para 5% em 2024, mantendo-se em 4,9% nos primeiros seis meses deste ano. Estima-se que as vendas anuais alcancem 1,3 milhões de unidades até final de 2025, segundo a CAAM.
Perspetivas internacionais
Embora a expansão fora da Ásia ainda pareça limitada, a rápida adoção destes veículos na China indica que os fabricantes estão a preparar a internacionalização desta tecnologia. Mercados como a Europa poderão receber em breve EREVs chineses, sobretudo devido às tarifas elevadas sobre veículos elétricos a bateria (BEVs) importados da China, que impulsionam o crescimento de PHEVs e HEVs no continente.
Os sistemas de recarga para veículos elétricos com extensor de autonomia (EVR) apresentam-se como uma alternativa viável entre os carros a combustão e os elétricos puros. São especialmente indicados para condutores que pretendem evitar os transtornos de carregamento frequente e a ansiedade associada à autonomia, especialmente em mercados com infraestrutura de recarga ainda limitada.














