O CaixaBank BPI reviu em alta o valor justo das ações da Mota-Engil, elevando-o em 12%, para 6,60 euros, com um intervalo de valorização entre 5,90 e 8,90 euros por ação. Segundo o banco, este ajuste reflete um potencial de valorização que pode variar entre 26% e 90%.
A atualização do relatório de research destaca o crescimento esperado da contribuição da divisão africana para o EBITDA do grupo no período 2026-2028, assim como a inclusão, pela primeira vez, de informações detalhadas sobre a área de Contract Mining, avaliada com um múltiplo de 5,0x EBITDA. O documento reforça ainda a divulgação de indicadores ESG.
O estudo sublinha que a execução da carteira recorde de encomendas da Mota-Engil, aliada ao controlo do capital de exploração e do Capex, deverá permitir ao grupo gerar uma média anual de 208 milhões de euros em caixa livre entre 2025 e 2028, correspondente a um yield de 14%. Esta performance deverá reduzir o rácio de dívida líquida/EBITDA de 1,8x em 2024 para 1,0x em 2028, reforçando a solidez financeira da empresa.
O relatório realça ainda a importância estratégica da presença internacional da Mota-Engil, particularmente em África, e aponta o grupo como uma oportunidade atrativa para investidores que procuram exposição a projetos de infraestruturas de grande escala.
Segundo o research, a empresa detém atualmente contratos de mineração com um backlog de 3,6 mil milhões de euros, representando 23% do total, e espera que esta unidade continue a ser um motor de crescimento significativo. A carteira total de encomendas, recorde histórico, cobre mais de três anos de atividade, com perspetivas de novos projetos significativos nos mercados-chave da Mota-Engil, nomeadamente Angola, México, Portugal e Nigéria.














