bp: Mais energia e menos emissões: o que fazer perante este desafio?
Na Cimeira do Clima realizada em 2015, surge, então, o Acordo de Paris, que explica a dimensão do desafio de conter o aquecimento global e propõe uma agenda de acções a serem levadas a cabo por governos, empresas e sociedade civil. Um compromisso negociado na altura por 195 países, entre eles Portugal, para que cada um não emitisse mais GEE do que aqueles que consegue absorver. Para o efeito, o acordo estabelece metas e medidas de redução das emissões a pôr em prática ao longo de três décadas, a partir do corrente ano. O objectivo é ambicioso: alcançar a neutralidade carbónica até 2050 e limitar o aumento da temperatura global a um valor não superior a 1,5º C.
Apesar da queda na procura global de energia, a produção de energia a partir de fontes renováveis (eólica, solar, bioenergia e energia geotérmica, e excluindo a hidroelectricidade) registou o seu maior aumento de sempre (358 TWh). Este crescimento foi impulsionado por fortes aumentos na geração eólica (173 TWh) e solar (148 TWh). Estas tendências são aquilo de que o mundo precisa na transição para a neutralidade carbónica: forte crescimento da produção de renováveis evitando o recurso ao carvão.
Esta resiliência do sector renovável veio provar que a mudança de paradigma na energia é já uma realidade e que o caminho a partir de agora tem de ser feito com esta consciência, mas sabendo que é crucial que este progresso em matéria de renováveis tem de ser acompanhado por outras dimensões da transição energética como a eficiência energética, o crescimento do hidrogénio, e o desenvolvimento de captura, utilização e armazenamento de carbono.
DRIVE CARBON NEUTRAL
Uma das iniciativas que a bp encontrou para contribuir para a neutralidade carbónica foi lançada em Portugal, em Julho de 2020, e chama-se bp Drive Carbon Neutral – oferta pioneira a nível mundial, dentro da empresa e dentro da própria indústria em Portugal.
O programa Drive Carbon Neutral permite a compensação de emissões de carbono geradas pelos condutores portugueses, resultantes do consumo de combustíveis adquiridos nos postos de abastecimento bp. Esta compensação é feita através do bp Target Neutral, que utiliza créditos de carbono à escala global (que financiam a utilização de energias renováveis e soluções de baixo carbono).
O bp Target Neutral é um programa internacional cujo objectivo passa por ajudar pessoas e negócios a atingir a neutralidade carbónica. Desde 2006, o bp Target Neutral, a nível global, ajudou os seus consumidores a reduzir e compensar mais de cinco milhões de toneladas de emissões de carbono ao melhorar os produtos e serviços oferecidos e compensando posteriormente as emissões residuais através da compra de créditos de carbono de um portefólio de projectos em todo o mundo. A par da redução das emissões, estes projectos contribuem para melhorar a vida de milhões de pessoas garantindo-lhes um melhor acesso a energia, saúde, educação e postos de trabalho. O portefólio de projectos actuais abrange várias iniciativas de redução de carbono na Índia, Brasil, China, Indonésia, Zâmbia, EUA e México e, em cada uma, há um exemplo de progresso humano proporcionado pelos esforços de redução do carbono.
Estes projectos não só reduzem as emissões de carbono como também proporcionam benefícios de subsistência em linha com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. No ano passado, foi apoiado um portefólio que ajudou mais de 1,2 milhões de pessoas no acesso a melhores cuidados de saúde, providenciou formação e educação a mais de oito mil pessoas e protegeu mais de 40 mil hectares de floresta, muito significativos a nível mundial.
Além disso, os projectos de compensação de carbono seleccionados pelo bp Target Neutral têm de cumprir com padrões internacionais e demonstrar que a redução das emissões é real, adicional (e que não aconteceriam sem o projecto), permanente e única. Para além do potencial de redução de emissões, é pedido também que os fornecedores divulguem o seu impacto alargado na sociedade e no ambiente utilizando os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das ONU para 2030 – objectivos como saúde de qualidade, energias renováveis e acessíveis, trabalho digno e crescimento económico. Por trás de cada projecto, há uma história notável do progresso humano, possibilitada pelos seus esforços para reduzir as emissões de carbono.
ACTIVE
Entre outras iniciativas, a bp continua a apostar na comercialização dos combustíveis premium BP Ultimate com Tecnologia ACTIVE (aumentando a eficiência dos veículos e reduzindo consumos). Disponível em todos os combustíveis Ultimate, a tecnologia ACTIVE foi especialmente pensada e desenvolvida ao longo de cinco anos para contribuir activamente para a limpeza do motor. Esta combinação única de ingredientes especiais, baseada em tecnologia patenteada e inovadora, desenvolvida e testada pelos cientistas da companhia para oferecer a mais avançada acção anti sujidade, ajuda a manter a saúde do seu carro, protegendo-o da acumulação de novos resíduos, proporciona uma maior economia de combustível e potencia o seu desempenho, ajudando-o a funcionar tal como o fabricante o idealizou.
Esta capacidade de limpeza e protecção é possível através das moléculas ACTIVE que, por um lado, agarram a sujidade e a arrastam para fora das partes críticas do motor e, por outro lado, se fixam às superfícies metálicas dos motores limpos, formando um barreira protectora, impedindo a sujidade de se agarrar ao metal.
De facto, os combustíveis BP Ultimate com tecnologia ACTIVE começam a combater os efeitos da sujidade desde o primeiro depósito e limpam-na em apenas dois depósitos. Além disso, os combustíveis BP Ultimate com tecnologia ACTIVE podem dar-lhe mais quilómetros por depósito tanto na BP Ultimate Gasolina 98, que lhe pode dar até mais 44 km por depósito, como no BP Ultimate Diesel, que lhe pode dar até mais 56 km por depósito.
Desenvolvidos nos centros de tecnologia e laboratórios da BP ao longo de cinco anos, os novos combustíveis BP Ultimate com tecnologia ACTIVE foram submetidos a mais de 80 tipos de teste diferentes, testados durante milhares de horas, em motores e veículos, para assegurar que estes novos produtos limpam o motor – quer seja mais recente ou antigo.
SEAWATCH
A bp Portugal voltou também a associar-se ao “SeaWatch” através da neutralização das emissões de carbono dos veículos de salvamento. As emissões de carbono da frota de viaturas inseridas no projecto serão compensadas através do bp Target Neutral, utilizando créditos de carbono gerados a partir de projectos globais que financiam a utilização de energias renováveis, soluções de baixo carbono e a protecção das florestas.
Durante a época balnear de 2021, o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) teve à sua disposição 31 veículos Volkswagen. Tratou-se da maior frota de sempre desde o início do projecto, que permitiu realizar missões de busca, salvamento e patrulhamento nas praias em Portugal. Além dos 30 Volkswagen Amarok, o ISN contou ainda com o novo Volkswagen Caddy de sete lugares que será utilizado para auditorias e formação.
Estas viaturas serão operadas por militares da Marinha, habilitados com o curso e certificados como nadadores-salvadores, condutores de veículos todo-o-terreno e operadores de desfibrilhador automático externo, aptos para as operações complexas. O projecto registou em 2020 o salvamento de 58 banhistas, efectuando 372 assistências de primeiros socorros e 28 buscas com sucesso a crianças perdidas. Desde o início da iniciativa, estima-se que os Volkswagen Amarok tenham percorrido cerca de 380 mil quilómetros em cada época balnear.
FUTURO
A ambição da bp de atingir a neutralidade carbónica até 2050 ou antes está em linha com os objectivos do Acordo de Paris. Para atingir este objectivo, a bp está a transformar- -se numa empresa integrada de energia, focada no fornecimento de soluções para os seus clientes, e aumentando, entre outros, o investimento nas energias renováveis e nas soluções de baixo carbono. Falta agora que mais empresas, em particular as que actuam no sector da energia, se juntem a este propósito de atingir a neutralidade carbónica, com planos de acção estruturados e coerentes, indo ao encontro dos objectivos de Paris, para que estes se tornem realidade nos próximos 30 anos.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Redução da Pegada Ambiental”, publicado na edição de Outubro (n.º 187) da Executive Digest.