As vacinas da gripe disponíveis nas farmácias esgotaram-se e não haverá reposição de doses, confirmou a Associação Nacional de Farmácias. A rutura resulta de uma procura superior ao esperado e de uma redução do número de vacinas destinadas ao setor privado, deixando de existir disponibilidade para quem não integra os grupos de risco.
Segundo a rádio ‘Renascença’, o esgotamento precoce deve-se à junção de dois fatores: mais pessoas fora dos grupos prioritários decidiram vacinar-se e o número de doses disponibilizadas às farmácias foi inferior ao de anos anteriores. A campanha foi preparada com foco nos cidadãos prioritários, o que deixou o setor privado com um contingente reduzido.
O Serviço Nacional de Saúde assegurou a compra e a distribuição das vacinas destinadas aos grupos de risco — idosos, doentes crónicos e profissionais de saúde. Estas pessoas continuam a ter acesso gratuito à vacinação, mantendo-se salvaguardadas apesar da inexistência de doses nas farmácias.
Quem está fora dos grupos de risco fica sem acesso
Para a restante população, a vacinação no setor privado deixa de ser possível. Com a confirmação de que não haverá reposição, as farmácias também não podem vender novas doses. As autoridades de saúde recomendam o reforço de medidas alternativas de prevenção, como higiene frequente das mãos, etiqueta respiratória, uso de máscara em ambientes de maior risco e evitar contactos próximos em caso de sintomas.
A elevada procura no setor privado não era esperada. A preparação da campanha concentrou-se nos grupos prioritários, incluindo este ano as crianças entre os seis e os 23 meses. A oferta pública para esta população está garantida, mas o universo de vacinas destinado às farmácias foi mais reduzido do que o habitual. Ainda assim, esta procura revela uma mudança positiva: mais pessoas saudáveis procuraram vacinar-se por iniciativa própria.
