“Palavras vazias não encerram guerras”: Trump garante ter impedido “sete guerras em sete meses” sem a ONU

Trump indicou estar disposto “a oferecer a mão da liderança e amizade dos EUA para qualquer ação nesta assembleia que esteja disposta a se juntar a nós para fazer um mundo mais seguro e mais próspero”

Francisco Laranjeira
Setembro 23, 2025
16:06

O presidente dos EUA, Donald Trump, garantiu, no seu discurso perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, que “palavras vazias não encerram guerras”: segundo o líder da Casa Branca, a ONU tem “muito potencial”, mas que não chega perto de atingir tudo o que pode. “Palavras vazias não encerram guerras, a única coisa que encerra guerras é ação”, frisou.

O discurso de Trump começou aliás ‘aos tropeções’: o teleprompter estava com defeito, pelo que o presidente americano garantiu que ia “falar com o coração”. O republicano gabou-se de ter “encerrado sete guerras em sete meses” sem assistência da ONU, ao mesmo tempo que se manifestou contra o reconhecimento internacional da Palestina: “Seria um prémio para o Hamas.”

Trump destacou os conflitos na Arménia e no Azerbaijão; na República Democrática do Congo e no Ruanda; em Israel e no Irão; na Índia e no Paquistão; no Camboja e na Tailândia; no Egito e na Etiópia; na Sérvia e no Kosovo. Após listar os conflitos que afirmou ter mediado, disse que deveriam “lhe dar o Prémio Nobel da Paz”, embora o seu interesse seja “salvar vidas, não ganhar prémios”.

No entanto, Trump indicou estar disposto “a oferecer a mão da liderança e amizade dos EUA para qualquer ação nesta assembleia que esteja disposta a se juntar a nós para fazer um mundo mais seguro e mais próspero”.

Esta foi a primeira intervenção de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU no segundo mandato e aproveitou a oportunidade para destacar as suas medidas sobre tarifas, imigração, mas sobretudo política externa agressiva. E deixou um aviso à Europa.

O republicano classificou a taxa de imigração na Europa como parte da “agenda globalista da imigração” e emitiu um severo alerta aos países que considera “invadidos” pelos migrantes. “É tempo de acabar com a experiência falhada das fronteiras abertas. Precisam de acabar com isto agora mesmo. Os vossos países estão a ir para o inferno.”

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