A análise de Vitor Ribeirinho, CEO/ Senior Partner da KPMG Portugal
No âmbito das comemorações dos 60 anos da presença da KPMG em Portugal, criámos nos últimos meses um projecto que vai, em grande parte ao encontro das principais conclusões desta edição do barómetro. Chama-se “Ambição para Portugal” e procura, através de vários formatos (mesas-redondas, podcasts, artigos e livro), juntar diversas personalidades dos mais variados sectores e impulsionar uma nova mentalidade, mais ambiciosa e orientada para o crescimento. Indirectamente, o tema da ambição é abordado nestes dados do barómetro, nomeadamente nas expectativas que existem em relação às medidas presentes na “Agenda Transformadora” do Governo e que 65% acreditam que terão um impacto positivo na economia, ou na necessidade de reduzir a burocracia nos serviços públicos, que foi considerada pela grande maioria (75%) como a medida mais urgente do novo ministro Adjunto e da Reforma do Estado. São perspectivas que indiciam uma maior ambição de poder fazer diferente e conseguir trazer novos estímulos à economia. Para isso, será também fundamental a inteligência artificial, que 52% dos participantes já usam em várias áreas da sua empresa ou a transformação digital, uma das actividades que, de acordo com o barómetro, mais irá impulsionar o crescimento de receitas no 2.º semestre. Apesar da ambição existente, continua a haver um choque com a realidade por parte da maioria dos inquiridos, que estão pouco optimistas relativamente a uma redução fiscal sobre rendimentos do trabalho. Entramos agora no 2.º semestre, que será marcado por um novo Orçamento do Estado, que muitas empresas aguardam com expectativa, mas também pela evolução dos conflitos internacionais e possíveis consequências à escala global.
Testemunho publicado na edição de Agosto (nº. 233) da Executive Digest, no âmbito da XLIII edição do seu Barómetro.














