Milhares de fãs são esperados esta quarta-feira nas ruas de Birmingham, Reino Unido, para prestar uma última homenagem pública a Ozzy Osbourne, lendário vocalista dos Black Sabbath, cuja morte, aos 76 anos, foi anunciada no passado dia 22 de julho.
O cortejo fúnebre partirá às 13h locais (mesma hora em Lisboa) da Broad Street, percorrendo o coração da cidade até à Black Sabbath Bridge, local onde, desde a notícia do falecimento, se têm acumulado flores, mensagens escritas à mão e outros tributos espontâneos deixados pelos admiradores.
A cerimónia foi organizada em estreita colaboração com a família do cantor e com o Conselho Municipal de Birmingham, que emitiu um comunicado na terça-feira para confirmar os detalhes do evento. O funeral propriamente dito será privado, reservado aos familiares e amigos mais próximos.
A acompanhar o cortejo estará a banda de metais Bostin’ Brass, responsável por oferecer “um momento musical final para homenagear a vida extraordinária e o legado de Ozzy Osbourne”, segundo revelou a autarquia. A performance ao vivo será um tributo à ligação profunda entre o músico e a cidade que o viu nascer.
O presidente da câmara de Birmingham, Zafar Iqbal, não poupou elogios:“Ozzy foi mais do que uma lenda da música—foi um filho de Birmingham. Após ter recebido recentemente a Liberdade da Cidade e de ter atuado no inesquecível concerto Back to the Beginning, era importante para Birmingham prestar-lhe uma homenagem digna antes do funeral privado. Sabemos o quanto este momento significará para os fãs”, afirmou, apelando ainda ao respeito pela privacidade da família.
Em vida, Ozzy Osbourne deixou claro que não queria um funeral melancólico, mas sim uma celebração. Numa coluna publicada em 2011 no The Times, o músico escreveu com o humor que sempre o caracterizou: “Sinceramente, não me importa o que toquem no meu funeral; podem pôr um medley de Justin Bieber, Susan Boyle e We Are the Diddymen, se isso os fizer felizes.”
Acrescentou ainda que gostaria de incluir algumas partidas na cerimónia: “Talvez o som de batidas dentro do caixão; ou um vídeo meu a pedir ao médico uma segunda opinião sobre o diagnóstico de ‘morte’. Não haverá choradeiras pelos maus momentos.”
Numa reflexão mais profunda, sublinhou: “Não quero que o meu funeral seja triste. Quero que seja um momento para dizer ‘obrigado’.”
A despedida pública decorre pouco mais de um mês depois de Ozzy ter sido homenageado com a Liberdade da Cidade de Birmingham, a 28 de junho, e apenas três semanas após o seu último concerto, a 5 de julho, onde se reuniu com os restantes membros fundadores dos Black Sabbath — Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward — perante 42 mil fãs em êxtase.
Na ocasião, emocionado, o artista declarou: “Vocês não fazem ideia do que sinto — obrigado do fundo do coração.”
A família Osbourne emitiu um comunicado no momento da sua morte, no qual afirmou: “É com mais tristeza do que as palavras conseguem expressar que informamos que o nosso amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Estava rodeado de amor, junto da sua família. Pedimos respeito pela nossa privacidade neste momento.”
Segundo a Câmara Municipal, a Broad Street será encerrada ao trânsito a partir das 7h locais (também 7h em Lisboa), e os visitantes são encorajados a chegar cedo, utilizar transportes públicos e seguir as indicações de segurança previstas para o evento.
O cortejo passará por locais emblemáticos ligados à história do cantor, como a Black Sabbath Bridge, criada em 2019 em sua homenagem. A cidade, profundamente ligada ao legado do artista, espera grandes multidões para este último adeus.














