Álvaro Santos Pereira é o nome proposto pelo Governo para governador do BdP. Executivo avança com reforma laboral

De nacionalidade portuguesa e canadiana, é doutorado em Economia pela Simon Fraser University, Burnaby (Canadá), mestre em Economia pela Universidade de Exeter (Reino Unido) e licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra (Portugal), segundo a nota divulgada

Francisco Laranjeira
Julho 24, 2025
14:12

Álvaro Santos Pereira, de 53 anos, é o novo governador do Banco de Portugal, sucedendo a Mário Centeno, anunciou esta quinta-feira o Conselho de Ministros, para um mandato de cinco anos.

“Por decisão do Conselho de Ministros após proposta do ministro das Finanças”, começou por dizer Leitão Amaro, “será o doutor Álvaro Santos Pereira, economista-chefe da OCDE, com uma carreira internacional- É hoje o economista principal de uma das organizações internacionais na economia mundial”.

“É um profundo conhecedor da economia portuguesa e internacional, conhecedor do sistema financeira, uma voz muito reputada internacionalmente, que triunfou por mérito próprio no plano internacional como especialistas independentes nas suas áreas”, indicou o ministro da Presidência, lembrando que o nome terá de ser aprovado na Assembleia da República.

Recorde-se que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) anunciou, em junho de 2024, a nomeação do antigo ministro da Economia português Álvaro Santos Pereira como economista-chefe da instituição. O antigo ministro, que trabalhou há vários anos na OCDE, substituiu Clare Lombardelli no cargo, depois de a economista ser nomeada vice-presidente do Banco de Inglaterra.

A OCDE recorda que Álvaro Santos Pereira foi nomeado pela primeira vez diretor de estudos nacionais no Departamento de Economia da instituição em 1 de março de 2014 e atuou como economista-chefe da organização em duas ocasiões, mais recentemente no período de julho de 2022 a maio de 2023.

Em outubro de 2023, foi nomeado diretor do ramo de Estudos Políticos do Departamento de Economia.

O economista foi professor de Desenvolvimento Económico e Política Económica na Universidade Simon Fraser e professor na Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, e professor na Universidade de York, no Reino Unido.

De nacionalidade portuguesa e canadiana, é doutorado em Economia pela Simon Fraser University, Burnaby (Canadá), mestre em Economia pela Universidade de Exeter (Reino Unido) e licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra (Portugal), segundo a nota divulgada.

Reforma laboral com medidas para adaptação à economia digital e equilíbrio do direito à greve: Governo avança com reforma laboral
O Conselho de Ministros aprovou também, sob a forma de anteprojeto, uma reforma considerada “ambiciosa” do mercado de trabalho, que será apresentada esta tarde aos parceiros sociais.

Segundo a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, o documento visa ultrapassar obstáculos à competitividade económica, valorizar o trabalho, estimular o emprego jovem e a negociação coletiva, bem como adaptar a legislação à nova realidade da economia digital.

Entre os temas abordados na reforma consta também a regulação dos serviços mínimos em dias de greve. A ministra confirmou que o anteprojeto prevê alterações neste domínio, mas assegura que as medidas propostas “em nada beliscam o direito à greve”. Pelo contrário, explicou, o objetivo é “equilibrar esse direito com a necessidade de respeitar outros direitos fundamentais”.

O Governo apresentou ainda esta manhã, em sede do Conselho Económico e Social, os pontos principais da reunião de concertação social desta tarde. Entre os temas esperados está também a norma que impõe restrições ao recurso a outsourcing após despedimentos, que várias confederações empresariais pretendem ver revogada. A ministra afirmou que todas as questões serão discutidas com os parceiros sociais com espírito aberto e construtivo.

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