Inteligência dos EUA investiga envolvimento do FBI no ataque ao Capitólio, revela responsável

Relatório do Departamento de Justiça dos EUA, divulgado em dezembro último, desmascarou as alegações de teóricos da conspiração de extrema-direita que alegaram falsamente que agentes do FBI estavam secretamente envolvidos no ataque ao Capitólio

Francisco Laranjeira
Abril 10, 2025
12:27

Os serviços de Inteligência dos Estados unidos estão a investigar se o FBI esteve envolvido no planeamento do ataque ao Capitólio, a 6 de janeiro de 2021, por apoiantes do presidente Donald Trump. “Estamos a investigar isso agora”, garantiu Joseph Kent, chefe do gabinete de Tulsi Gabbard, diretora da Inteligência Nacional, durante uma audiência no Senado sobre a sua nomeação para chefiar o Centro Nacional Antiterrorismo dos EUA.

No entanto, não deu detalhes sobre qual das 18 agências de Inteligência americanas está a conduzir a investigação.

Um relatório do Departamento de Justiça dos EUA, divulgado em dezembro último, desmascarou as alegações de teóricos da conspiração de extrema-direita que alegaram falsamente que agentes do FBI estavam secretamente envolvidos no ataque ao Capitólio. De acordo com o relatório, havia 26 informantes do FBI em Washington no dia do ataque, mas o FBI não autorizou ninguém a entrar no Capitólio ou a envolver-se no ataque.

Os comentários de Kent foram feitos em resposta às perguntas do senador democrata Mark Kelly sobre o ataque dos apoiantes de Trump que tentavam impedir o Congresso de certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020. Trump alegou falsamente que perdeu a corrida à Casa Branca devido a uma fraude eleitoral generalizada. Em janeiro último, perdoou mais de 1.500 pessoas acusadas de agressão perpetrada por uma multidão que invadiu o Capitólio numa tentativa falhada de reverter a sua derrota eleitoral.

“Já identificámos que havia vários informadores humanos confidenciais, comandados pelo FBI e outras agências policiais, presentes na multidão naquele dia, a orientar, a remover barreiras e a fazer este tipo de coisas”, defendeu Kelly. “Isso foi amplamente investigado. Continuamos a investigar essa informação.”

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