Farfetch, o primeiro ‘unicórnio’ português que viveu do luxo e agora luta por preços competitivos
Um ano após a aquisição pela sul-coreana Coupang, a Farfetch, que já foi o primeiro “unicórnio” português, enfrenta uma realidade diferente. A estratégia da nova gestão, liderada por Bom Kim, tem como foco a redução de custos e a obtenção de preços competitivos no mercado de “e-commerce”.
Este reposicionamento levou ao encerramento de escritórios no Porto e Braga e à concentração de operações no Lionesa Hub, em Matosinhos, e na unidade de Guimarães, onde trabalham atualmente 280 pessoas.
Em fevereiro, a Farfetch anunciou o despedimento de cerca de 2.000 pessoas, eliminando cargos redundantes e abandonando processos vanguardistas. Apesar do impacto, colaboradores admitem que a reestruturação trouxe maior estabilidade à empresa, revela o ‘Negócios’.
Embora o cenário financeiro mostre sinais de recuperação, com perdas reduzidas para dois milhões de euros no terceiro trimestre, o caminho ainda é incerto. A estratégia de preços competitivos parece estar a surtir efeito, mas o sucesso pleno só será confirmado a longo prazo, de acordo com a mesma fonte.