Empresas portuguesas celebram 100 milhões de euros em negócios de fusão nuclear

O negócio da fusão nuclear já gerou 100 milhões de euros para as empresas portuguesas, no âmbito de projetos internacionais, segundo um comunicado da Agência Nacional de Inovação (ANI), hoje divulgado.

“De entre todos os países europeus, Portugal ocupa o 6.º lugar no volume de negócios com a Fusion for Energy e com o ITER, tendo este ano atingido a marca dos 100 milhões de euros desde 2009”, lê-se na mesma nota.

Segundo a ANI, “este valor traduz-se no 4.º índice de retorno industrial mais alto da Europa, atrás apenas de França, Espanha e Itália”, sublinhando que “Portugal se destaca por ser o único país que nunca teve energia nuclear no seu território e que está no topo da lista de maiores fornecedores do ITER”.

O ITER (International Thermonuclear Experimental Reator) é um dos maiores projetos científicos mundiais e tem como objetivo “demonstrar a fusão nuclear como uma fonte de energia limpa e sustentável”.

“Sediado em Cadarache (França), o ITER reúne 35 países, entre os quais membros da União Europeia, Estados Unidos, China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Rússia”, destacou a ANI.

Segundo a agência, a Europa “contribui com aproximadamente metade do orçamento do ITER, principalmente através da entrega de componentes, gerida pela agência europeia Fusion for Energy, sediada em Barcelona”.

A ANI destacou, entre os cerca de 20 fornecedores nacionais, o ISQ, Martifer, Critical Software, Active Space Technologies, A. Silva Matos, HBK Fibersensing, Lusospace, Bocotelha e o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) do Instituto Superior Técnico (IST).

Neste âmbito, a agência promove, na segunda-feira, a “Fusion Industry Conference – Portugal 2024″, no CTN – Campus Tecnológico e Nuclear, em Loures.