Commonwealth deve avançar para um convite de adesão à Ucrânia, sugere relatório

A Commonwealth deve transformar-se num bloco comercial e de segurança e deve convidar a Ucrânia a aderir, apontou um relatório do think tank Policy Exchange, apresentado antes da reunião bianual de chefes de Governo do organismo, que vai realizar-se em Samoa, na próxima semana.

O relatório, que tem apoio de todos os partidos na Câmara dos Comuns e foi apoiado pelo ex-primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper e pelo ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália Alexander Downer, apontou que há um expressivo apoio público a esses planos.

Segundo o relatório, mais de três em cada cinco (63%) adultos do Reino Unido acreditam que a Commonwealth deve incentivar a remoção ou redução de barreiras ao comércio entre os seus membros. Já quase metade dos adultos do Reino Unido e da Austrália (49%) acham que a Commonwealth deveria convidar a Ucrânia e enviar um pedido de adesão. O apoio ao convite à Ucrânia para aderir aumenta para 55% na Malásia, 74% na Nigéria e 75% na Índia.

A proposta sobre a adesão da Ucrânia chegou como uma recomendação para fornecer maior suporte ao país na sua luta contra a invasão da Rússia, enquanto Zelensky procura candidatar-se para ser membro de organizações internacionais como a UE e a NATO. Segundo os autores do relatório, juntamente com o plano para a Commonwealth ser um pacto de segurança, a filiação da Ucrânia pode ser uma adição vital.

Embora a Ucrânia não seja uma antiga colónia ou protetorado do Reino Unido como a maioria dos membros da Commonwealth, a organização aceitou recentemente Ruanda, que também não tinha vínculos históricos com o Império Britânico.

Stephen Harper salientou que a Commonwealth “é uma associação internacional única – 56 países membros abrangendo os continentes, incorporando algumas das cidades mais dinâmicas e energéticas da Terra. Este relatório pede que o potencial estratégico da Commonwealth seja aproveitado – especialmente através do fomento de relações comerciais e de investimento mais fortes que se baseiem em vantagens existentes baseadas em semelhanças linguísticas, legais e administrativas”.

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