OE2025: Investimento público acelera para 3,5% do PIB

O investimento público vai ascender a 3,5% do PIB em 2025, impulsionado pelo PRR, com os investimentos estruturantes a ultrapassarem 17.500 milhões de euros, segundo o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

“O investimento público ascenderá a 3,5% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2025, projetando-se uma aceleração face à estimativa de 2024 que deverá crescer 3,2%”, refere o Governo no documento, hoje divulgado.

De acordo com o relatório, para o crescimento da despesa com investimento público “concorrem em grande medida os projetos de investimentos estruturantes, fortemente influenciados pelos projetos promovidos pelo Plano de Recuperação e Resiliência [PRR]”.

Segundo detalha, “o montante global dos investimentos estruturantes ultrapassa os 17.500 milhões de euros”, destacando-se as áreas da mobilidade, infraestruturas e comunicações (Ferrovia 2020 e Expansão da Rede), habitação (reformas para resolver a crise) e defesa nacional (incluindo a Lei de Programação Militar).

No relatório, o Governo aponta uma aceleração do investimento em 2024 e 2025 “por via da maior celeridade na execução dos projetos previstos no âmbito do PRR”.

Assim, após um primeiro semestre de 2024 em que o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) “foi condicionado pela queda do investimento em construção” (este indicador aumentou 0,7% até junho, em termos homólogos), o executivo destaca a aceleração entretanto registada nas vendas de cimento e a atribuição de licenças de construção.

“Estes sinais são consistentes com um maior crescimento da FBCF no segundo semestre, suportado pela execução de projetos do PRR e pela concretização de decisões de investimento adiadas devido à expectativa de redução dos custos de financiamento ao longo do ano”, sustenta.

Neste contexto, o relatório prevê que, “no conjunto de 2024, a FBCF deverá crescer 3,2%” e, para 2025, projeta “uma aceleração, para 3,5%, relacionada com a crescente absorção dos fundos do PRR e outros instrumentos de financiamento europeu, bem como com a menor restritividade das condições de financiamento”.

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