Este país vivia à sombra do petróleo, mas encontrou outra indústria que está a catapultar a economia
Os Emirados Árabes Unidos (EAU), conhecidos por serem um dos maiores produtores de petróleo do mundo, estão a destacar-se na região com um desempenho económico notável e uma impressionante estratégia de diversificação. Ocupando a sétima posição global em termos de reservas de petróleo, o país encontrou outra indústria para catapultar a economia.
Com um rendimento per capita de aproximadamente 55 mil euros, os EAU têm conseguido transformar a sua economia, que anteriormente dependia fortemente do petróleo, numa potência diversificada e resiliente. Embora o petróleo continue a ser a base da prosperidade, setores como turismo, construção, indústria e serviços financeiros estão a ganhar importância, revela o ‘elEconomista’.
O turismo, em particular, tem desempenhado um papel crucial na economia do país. Recentemente, o setor já representa mais de 11% do PIB, e espera-se que alcance 12% ainda este ano. Os turistas que visitam o Dubai, Abu Dhabi e outras localidades estão dispostos a gastar significativamente em experiências luxuosas, o que gera margens mais altas comparadas a outros tipos de turismo.
O recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou a importância crescente dos setores não petrolíferos nos EAU, com um crescimento económico impulsionado por uma forte atividade em turismo, construção, indústria e serviços financeiros. O FMI observou que a procura por bens imobiliários, o aumento dos laços bilaterais e multilaterais e o status de porto seguro dos EAU têm contribuído para o rápido crescimento dos preços da habitação.
Com uma população de menos de 10 milhões e composta por sete emirados – Abu Dhabi, Ajman, Dubai, Fujairah, Ras al-Khaimah, Sharjah e Umm al-Qaywayn – a economia do país depende fortemente das economias do Dubai e Abu Dhabi, que juntas concentram mais de 60% do PIB.
Para 2024, os EAU devem superar economias da região, como Omã, Catar, Kuwait, Arábia Saudita, Iraque e Jordânia em termos de crescimento económico. A diversificação económica é vista como a chave para este sucesso, com um forte desempenho nos setores não petrolíferos.
Os EAU estão também a investir fortemente em tecnologias transformadoras, como inteligência artificial e blockchain. Iniciativas como o lançamento da sonda Marte em julho de 2020 e a operação da central nuclear de Barakah são parte de uma estratégia para avançar nos setores aeroespacial e de energia nuclear.
As previsões indicam que o PIB dos EAU crescerá entre 3,5% e 4% até o final do ano.