Um estudo recente mostra que 65% das empresas portuguesas sofreram o impacto negativo da morosidade nas suas contas de resultados, e 14% afirmam que correm o risco de encerrar em resultado do impacto causado pelas faturas não pagas.
Este é o retrato da morosidade dado pelo Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal, elaborado pela pela Crédito y Caución, no qual participaram os gestores de mais de 300 empresas de todas as dimensões e setores de atividade.
De acordo com os dados, 35% das empresas portuguesas registaram aumentos nos seus custos financeiros decorrentes da morosidade e 33% devem limitar os seus novos investimentos. Além disso, 31% foram obrigadas a travar a sua expansão comercial e 25% enfrentam perdas de receitas significativas.

“A falta de controlo da morosidade é um risco para a atividade empresarial. O incumprimento de pagamentos acordados gera importantes tensões de liquidez e é especialmente desestabilizador das operações para as empresas de menor dimensão. Se se chega ao incumprimento de uma venda a crédito, a perda equivale aos custos de produção do produto”, explica a
Os especialistas revelam ainda que o impacto de um incumprimento comercial agrava-se quanto menor for a margem de lucro, na medida em que multiplica o número de vendas com clientes solventes necessárias para compensar a perda. Dão ainda um exemplo: Se uma empresa com uma margem comercial de 10% sofre um incumprimento de 10.000 euros, deverá gerar um novo negócio de 100.000 euros para compensar o impacto dos 9.000 euros em custos de produção.














