Espanha injecta fundos públicos na banca

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Espanha está a preparar uma injecção de capital na Bankia, numa mudança da política praticada até agora tendo o Governo negado a necessidade de reforçar o sector com financiamento público.

A notícia é avançada pelo jornal Financial Times e refere que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, admitiu numa entrevista a possibilidade de financiar o sistema bancário com capital público. “Se fosse necessário para reactivar o crédito, para salvar o sistema financeiro de Espanha, eu não descartaria a injecção de fundos públicos, como todos os países europeus fizeram”, afirmou o chefe do Governo.

Bankia é a terceira maior instituição bancária do país por activos e um dos bancos a apresentar dificuldades, tendência geral do sector em Espanha. A Bankia nasceu da fusão de 7 caixas de aforro em 2010 e constituiu oficialmente a sua identidade apenas no ano passado.

Uma fonte do ministério da Economia citada pelo Financial Times explica que o Governo poderá recorrer ao fundo destinado à reestruturação do sistema bancário, Frob, para a injecção de capital na Bankia, bem como à utilização de obrigações conversíveis contingentes, que convertem estes títulos em capital do banco se o valor dos seus capitais próprios descer abaixo de um nível fixado.

O jornal inglês avança ainda que a Bankia poderá receber entre 7 e 10 mil milhões de euros em capital.

Rodrigo Rato, presidente executivo da Bankia, apresentou a sua demissão como reacção à notícia e apontou como sucessor José Ignacio Goirigolzarri, que ocupou o mesmo cargo no BBVA.

A notícia segue a recomendação do FMI para aplicar medidas de reforço a bancos como a Bankia, instituição financeira considerada a de maior risco para o sector bancário espanhol.

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