Comissão Política do PS vai reunir-se esta noite para “análise da situação política”

A Comissão Política do PS vai reunir-se esta quinta-feira, a partir das 21 horas, na sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa, segundo informou o partido.

“O único ponto da ordem de trabalhos é a análise da situação política”, referiu, em comunicado.

A reunião acontece no dia seguinte ao fim das audiências em Belém e uma vez que já conhecidos os resultados provisórios das eleições legislativas do passado dia 10.

Recorde-se que Pedro Nuno Santos já foi ouvido por Marcelo Rebelo de Sousa e no final da reunião reconheceu a sua recusa em aprovar orçamentos da AD, ainda que admita espaço para “entendimentos”.

“A declaração que fiz no domingo mantém-se e está em curso a contagem dos votos do circulo da imigração, e não se perspetiva nenhum alteração profunda dos resultados”, indicou.

“Chegámos a esta audiência sem uma solução de Governo apoiada por uma maioria. O país precisa de um Governo estável e o PS não tem uma maioria para apresentar. O líder da AD apresenta-se com expectativa de ser indigitado para formar Governo. O país precisa de Governo forte e estável, mas de uma oposição também forte e estável”, continuou Pedro Nuno Santos.

Sempre com a tónica na “estabilidade”, o líder socialista destacou que o PS será “a oposição, a alternativa democrática ao Governo da AD”, porque “é o que se espera do PS”.

“Nunca seríamos uma alternativa se o PS fosse o suporte de um Governo da AD, que o PS não será”, justificou, adiantando que não deverá viabilizar um Governo à direita.

“Não significa que seremos oposição irresponsável”, ressalvou, indicando que “não votará a favor de coisas que não concorda” mas que, “em matérias em que há ponto de vista em comum e possibilidade de entendimento, o PS está disponível para que o entendimento seja alcançado”.

Ainda, Pedro Nuno Santos admitiu eventualmente encontrar consenso com o Governo da AD em alguns pontos do Orçamento Retificativo que Montenegro está a preparar, e indicou que o PS está a desenvolver contactos com o PSD para indicar dois nomes que podem ajudar “a construir acordo”, para encontrar até ao verão uma solução para as reivindicações dos polícias e forças de segurança, bem como dos professores.

No entanto, avisou que “é praticamente impossível que um Orçamento de Estado geral tenha a nossa concordância”.

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